Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Pés no chão

25/10/2011


Era o nosso último recomeço, depois de tantos que tivemos em 2011. E a vitória veio, não sem sofrimento, como será, aliás, a nossa vida até o final do Brasileirão. Paulo Baier fez o que se espera dele: foi decisivo! Deivid e Manoel tiveram grandes atuações e os demais saíram esgotados de campo, demonstrando que estão comprometidos em tirar o Atlético dessa situação incômoda.

Todo mundo sabe, mas não custa relembrar, até para que o espírito guerreiro não fraqueje: a nossa situação continua extremamente complicada. Por óbvio que os três pontos conquistados renovam a nossa esperança e deixam o elenco mais confiante. Mas Lopes e os jogadores precisam entender de uma vez por todas que o Atlético precisa querer vencer, mais do que qualquer outro time. É nosso dever entrar em campo marcando forte, jogando para frente, buscando o gol. É inaceitável recuar cedo demais e chamar o adversário para o nosso campo de defesa. Tal atitude já nos custou pontos preciosos e não podemos repetir o mesmo erro nessa reta final.

Outra exortação que a vitória nos autoriza fazer sem consequências danosas: vamos deixar de lado os toques de efeito e sejamos mais objetivos. O recurso da firula deve ser utilizado apenas e tão somente quando não tivermos outra opção. Domingo contra o Ceará, logo após o gol, o time já começou a tocar de lado, com passes curtos, enfeitando jogadas desnecessárias. Quase entregamos bolas fáceis e nos complicamos pura e simplesmente porque ninguém fez o que devia: bico para frente. É importante que o time valorize a posse de bola, mas isso deve ser feito no campo do adversário e não na frente da nossa área. Da mesma forma não podemos nos dar ao luxo de perder gols feitos porque fulano foi fominha ou não chutou em gol quando estava na cara do goleiro.

Confesso que esse coração atleticano e sonhador ficou emocionado com a comemoração de Paulo Baier na hora do gol. Aquele certamente foi um sorriso sincero, de alguém que se importa com o Furacão. Assim como foi bacana ver a reação dos nossos jogadores depois do apito final. São pequenas coisas, mas que enchem o meu peito de esperança. Que esse espírito e atitude se mantenham firmes até o fim. É com inteligência, consciência das nossas limitações, comprometimento e muito suor que conseguiremos nos manter na série A.


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