Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Não há mais espaço para erros

17/10/2011


A depender do rendimento por ele próprio mostrado, o Atlético já estaria com a sentença de rebaixamento proferida. O time está atuando tão mal, e sem o mínimo de espírito competitivo, que nem um milagre o faria alcançar os 46 pontos, índice apontado pelos matemáticos como suficiente para evitar o rebaixamento.

Mas este parece ser um ano daqueles em que há mais times se esforçando para jogar a Segundona em 2012. A cada rodada que passa, os resultados negativos do Atlético são acompanhados por tropeços de todos ou quase todos os "concorrentes". Foi assim nesta 30ª rodada, em que Avaí, Atlético-MG, Cruzeiro e Ceará somaram zero pontos. E já dá para imaginar que 42 pontos sejam suficientes para permanecer na 1ª Divisão.

O Atlético está recebendo todas as chances possíveis para evitar a desgraça do rebaixamento. Mas de nada adiantarão estas colheres de chá, se o time não cumprir com o seu papel. E a Diretoria também tem trabalho para fazer.

De todos os Atléticos que vimos em 2011, o de Antonio Lopes tem se mostrado o pior deles. Sei que Lopes entende muito de futebol, e graças a seu esquema adaptado ao time é que chegamos a uma final de Libertadores em 2005. Mas não há como negar que o treinador não tem mais conseguido arrancar bons resultados, vide seu currículo mais recente.

Observe-se o time que terminou como 5º colocado do Brasileirão em 2010: Neto, Wagner Diniz, Rhodolfo, Manoel e Paulinho; Chico, Deivid, Branquinho e Paulo Baier; Guerrón e Bruno Mineiro/Nieto. A base é a mesma. Concordo que Neto, Rhodolfo e Chico vêm fazendo muita falta, mas não justificam uma queda tão abissal de rendimento.

Se o time mudou pouco, não há como não se atribuir o atual fracasso à(s) comissão(ões) técnica(s) que passaram pelo Atlético em 2011. Já escrevi que todas as decisões do Clube em 2011 envolvendo treinadores foram equivocadas. Chegou a hora de acertar. Seria Carpeggiani a solução? Não sei, mas vale a tentativa. E seria simpático até mesmo à proposta feita por Mafuz, em sua coluna de hoje na Tribuna: um pedido de desculpas e uma generosa oferta para Geninho.

Não há mais espaço para erros.


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