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Ana Flávia Weidman
Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!
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O empate com o tricolor carioca doeu fundo na alma. Há tempos que o Atlético não me deixava com a voz embargada e com o coração apertado. E eu sei que muitos atleticanos também compartilham a minha dor. Só você, torcedor rubro-negro, entende o que estou sentindo. Os jogadores descomprometidos, os empresários de atletas, os setoristas mal intencionados, aqueles que buscam lucrar em cima do clube, essa administração frouxa, esses nunca entenderão a minha tristeza e angústia.
Além disso, causa-me profunda indignação ver que o elenco continua apático e sem alma. Correr, alguns estão correndo, mas é muito pouco para um time que precisa vencer 7 ou 8 das próximas 12 partidas.
Bom, acabei lembrando do final do jogo contra o Figueirense (empate sem gols). O desgosto era tanto que resolvi esperar um tempo para deixar o estádio. Foi então que vi um senhor com muita dificuldade para se locomover, saindo da Baixada com o auxílio de dois rapazes, possivelmente seus filhos ou netos. Não posso imaginar o sacrifício que foi para esse atleticano sair de casa. Nessa mesma partida vimos Antônio Lopes insistir com Madson para que ele permanecesse em campo, quando o baixinho estava machucado. Amigos atleticanos, fosse qualquer um de nós, nem teríamos deixado o gramado na maca.
Tudo isso serve para nos lembrar que todos estamos sofrendo com essa situação e que cultivar rancores contra outros atleticanos nesse momento não nos trará nenhum benefício.
Desde que as questões políticas do Furacão ficaram polarizadas entre MM x MCP, vários torcedores estão em clima de guerra. Nos últimos dias, aqueles que já jogaram a toalha ofendem os demais que ainda acreditam na recuperação do time e vice-versa. De cabeça quente, só fazem bobagem.
Não temos que pensar igual muito menos termos as mesmas opiniões, mas devemos nos respeitar. É plenamente compreensível a análise realista de alguns que já estão se preparando para a série B e mais louvável ainda aqueles que se mantém confiantes na recuperação do time. Besteira é querer que o outro negue aquilo que sente ou pensa para agradar aos demais.
Eu sou do time que continuará apoiando e que segue acreditando. Mas que não tem a ilusão de que basta “união” e Baixada lotada para que as vitórias aconteçam. Tudo isso é importante, faz parte das nossas “obrigações” e colabora para criar um clima favorável. Cantar sem parar, deixar as vaias e cobranças de lado são atitudes que demonstram a confiança que vem das arquibancadas. Mas a verdade é que não garantem os 3 pontos. Precisamos é de bola na rede! E isso é com aqueles que entram em campo.
Vamos ser um pouco mais tolerantes com os atleticanos, porque todos estamos angustiados com a situação. Nós só temos uns aos outros. Façamos a nossa parte, cobrando aqueles que podem, de fato, nos tirar desse lamaçal. Pois a verdade é que tanto eu quanto você, amigo atleticano, não iremos só apoiar enquanto tivermos chances matemáticas de sair da ZR, nos estaremos com o Atlético até a morte!
Vergonha
Ao que consta, hoje o Clube Atlético Paranaense irá se reunir com o comando da PM para tratar do ocorrido no sábado. Muito bem. No entanto, continuo aguardando uma nota de apoio ao torcedor que foi tratado como bandido, quando apenas exercia seu direito legítimo de protestar, o que estava sendo feito de forma pacífica.
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