Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Eu farei a minha parte

06/09/2011


Depois da botinada que levamos em Porto Alegre fiquei aguardando quais seriam as providências que a diretoria do Atlético iria tomar para sacudir o elenco. Meu Deus, quanta ingenuidade da minha parte! Nada mudou e nem mudará. Sem a lista de dispensas (se é mais fácil, podiam colocar uma meia dúzia para “treinar em separado”), o goleiro Márcio caminha a passos largos para afundar mais um time na série B. Bem pior do que isso é o risco que corremos de ver Robston, Rafael Santos, Fransérgio e Paulinho como opções para montar o time. Mudar exige coragem e o único corajoso nessa história é Antônio Lopes.

Em Lopes reside a minha maior esperança para escaparmos da degola esse ano. O cidadão é íntegro, honesto, corajoso e sabe muito bem o tamanho da paixão e do amor que envolve a camisa rubro-negra. Se conseguirá incutir esse sentimento na cabeça oca de grande parte dos atletas, não sei, mas creio que é o mais indicado para essa missão.

Quanto a mim, no quesito coragem, nada mudou. Ou melhor, quase nada. Nem passa pela minha cabeça não estar presente na Baixada nos próximos jogos ou vaiar quem quer que esteja vestindo a camisa que apenas e tão somente nós, torcedores apaixonados, vestimos por amor. Não vou deixar de pagar minha mensalidade ou cancelar o PFC e nem vou parar de “consumir” o clube, comprando os produtos oficiais. Do mesmo modo, não irei me calar diante dos erros contínuos dessa diretoria amadora, covarde e burra. Mas de forma nenhuma tenho coragem de pedir que você, amigo(a) atleticano(a), faça o mesmo.

Cansei de interceder em favor do Atlético junto aos demais atleticanos. Só o faço perante Deus. E com vergonha, pois existem causas bem mais nobres que deveriam ser motivo da minha intercessão.

Depois de muito refletir, concluo sem nenhum esforço ou genialidade que é com esse bando de tiriças que teremos que nos livrar do inferno da série B. Torço muito para que Marcinho e Cléber Santana voltem a fazer boas apresentações, pois a nossa ascensão no campeonato esteve diretamente ligada às boas atuações deles. E que Deivid mantenha o fôlego até dezembro! No mais, ninguém nos ajudará senão nós mesmos. E é dentro de campo, durante 90 minutos que as coisas se resolverão. Eu farei a minha parte.


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