Silvio Rauth Filho

Silvio Rauth Filho, 50 anos, descobriu sua paixão pelo Atlético em um dia de 1983, quando assistiu, com mais 65 mil pessoas ao seu lado, ao massacre de um certo time que tinha um tal de Zico. Deste então, seu amor vem crescendo. Exerce a profissão de jornalista desde 1995 e, desde 1996, trabalha no Jornal do Estado. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2009.

 

 

O Império nos alertou

21/02/2005


O tenebroso empate com o natimorto Império do Futebol mostra que o Atlético está longe do seu objetivo, ou seja, formar um time para disputar títulos em 2005. A partida na Arena escancarou a total falta de ritmo de alguns jogadores (principalmente André e Jancarlos), que precisarão de pelo menos 15 dias para chegar a um ponto aceitável. Isto não seria problema nenhum se o próximo jogo pela Libertadores não fosse daqui a oito dias. Para complicar, o Rubro-Negro tem a obrigação de vencer. Se perder qualquer ponto em casa para o Libertad, do Paraguai, a classificação fica seriamente ameaçada.

Mais preocupante que isso, porém, foi a falta de atitude da maioria do time. Denis Marques, Alan Bahia, Marcão, Cocito e Baloy não mostraram nem metade do empenho aplicado em Medellín. Isso é inaceitável. Afinal, independente da competição, é a camisa do Atlético que está em campo. E precisa ser vestida com muita garra e dedicação. Além disso, é muito cedo para estrelismo ou para usar "salto alto".

Outro problema assistido por todos nesse começo de temporada é a questionável qualidade de alguns reforços. É quase impossível compreender por que Lima e Badé foram contratados. Não tiveram bom desempenho no Coritiba e em nenhum outro clube. Por que dariam certo aqui no Atlético?

Apesar do fraco futebol mostrado por eles, sou contra as vaias aos jogadores. Eles até estão se esforçando. Por isso, se for para protestar, que o alvo seja o responsável por essas contratações. Aliás, estou curioso para saber quem foi o míope da diretoria que indicou esses dois.

Outros reforços também mostraram um futebol abaixo da média. O mais interessante é que muitos deles poderiam ser substituídos por juniores. Creio que Anderson Aquino joga mais que Jorge Henrique, que Ticão é melhor que Rodrigo Souto e que Evandro está anos-luz à frente de Lima.

Independente de todos esses problemas, acredito que o Atlético tem tudo para arrasar o Libertad. Para isso, Casemiro Mior só precisar baixar a bola das estrelinhas e escalar o Fernandinho no meio-campo. O resto é conseqüência.


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