Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

O Atlético não se ajuda

01/09/2011


Cansei. Não adianta remar contra a maré. O Atlético por si só não se ajuda. O técnico Renato Gaúcho pede e implora a cada entrevista um atacante de área e nada é feito. O turno já virou e o empate no clássico mascarou as medianas apresentações que o time vinha fazendo.

Após empatar em casa contra o lanterna América-MG e perder ontem para o Galo das Alterosas o que explicar ao torcedor? Não existe uma explicação cabível, chega desse papinho mole de dizer que “temos que levantar a cabeça, temos que trabalhar duro para o próximo jogo”

Ainda acredito que o Atlético não cairá, mas isso é apenas a convicção de torcedor, porque se formos analisar a posição na tabela e a forma como o time vem se comportando dentro de campo, o futuro do Atlético promete fortes emoções até Dezembro.

O maior problema é que o Atlético não se ajuda. De nada adianta dizer que jogar na Baixada é um fator positivo, que a torcida que vive carregando esse time sem vergonha, nas costas e que tudo um dia dará certo porque simplesmente falta comando, falta planejamento, falta vontade e falta tesão para a diretoria, comissão técnica e principalmente para os jogadores.

Renato Gaúcho sentindo que a água começa a bater na sua bunda, aponta a sua metralhadora para todos os lados e não poupa ninguém, como se estivesse tentando se despedir de uma forma honrosa. Renato bateu no peito e bancou a desclassificação do Furacão da Copa Sul-Americana, com a desculpa que o foco era o Brasileiro. Após a derrota para o Flamengo pela competição continental, três jogos se passaram (América-MG, Coritiba e Atlético MG) e o Rubro-Negro conquistou apenas 2 míseros pontos. Muito pouco para quem teria como foco o campeonato Brasileiro.

Cansei. Respeito todos os torcedores que vão à Baixada apoiar o time e cobrar bons resultados, mas deixei de ser palhaço dessa diretoria que, como a outra, está fazendo do torcedor do Atlético o pior dos palhaços do picadeiro. Enquanto durar essa falta de respeito com o torcedor atleticano eu acompanho os jogos de casa, pelo menos assim eu economizo tempo, dinheiro e não preciso passar raiva.

Na terra de caolho, quem tem um olho é rei

No clássico Atletiba do último domingo pelos menos três lances foram polêmicos, em um deles houve uma inversão dos fatos e nos outros dois pouco ou nada foi comentado. Por que será?

Vamos aos fatos:

Fato 1: Expulsão do técnico Renato Gaúcho: após reclamar a não marcação de um pênalti a favor do Atlético o árbitro Héber Roberto Lopes pôs para fora o treinador atleticano. Até então tudo bem, Renato iria comandar o time via rádio de onde quer que ele estivesse. Não contente a nossa imprensa falou que o treinador foi embora do estádio Couto Pereira antes mesmo do fim da partida e ao invés de se ater ao acontecido, começou a vasculhar a vida de Renato. Em entrevista coletiva na última terça-feira, o técnico negou que tenha ido embora antes do jogo acabar. Prefiro acreditar no nosso treinador do que na nossa imprensa.

Fato 2: Cusparada do atacante Bill no zagueiro Fabrício: Alguém viu o lance mais de uma vez? Algum programa esportivo comentou sobre isso? Não vi e nem ouvi nada em nenhuma TV ou rádio.

Fato 3: Carrinho criminoso seguido de tentativa de chute de Rafinha em Manoel: Alguém falou que Rafinha deveria ao menos receber cartão amarelo na jogada? Também nada ouvi sobre o acontecido. Estranho, não?

Quem tem boca fala o que quer, porém, mais uma vez houve um tratamento diferenciado em todas as esferas da nossa imprensa. Depois que a torcida do Atlético reclama, eles (alguns membros da imprensa) acham que o torcedor é apenas movido pela paixão e nunca tem razão. Por favor, senhores da imprensa paranaense, sejam um pouco mais profissionais e menos torcedores.


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