Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Chega de recomeço

31/08/2011


Hoje à noite iniciaremos o returno com o peso do mundo em nossas costas, com toda a responsabilidade pelo início de Campeonato negligenciado, impossibilitados de cometer qualquer erro e, principalmente, sem contar com a prerrogativa do “começar de novo”.

Afinal, já foi estourada a nossa cota de recomeços e finalmente temos a oportunidade de dar continuidade a um trabalho que mostrou que pode dar muito certo.

E que pelo menos dessa vez sirva de lição o desperdício de um semestre inteiro para “descobrir” que planejamento é coisa séria, que técnicos de Série B não servem para comandar times de série A, mas que não basta um técnico conceituado como A se ele é apegado à teimosias sem fundamento e que não tenha o grupo em suas mãos. Esses 6 meses de letargia também “ensinaram” que a simples complementação de meia base do ano anterior com mediocridade não traz qualquer resultado positivo, que jogador zicado impede vitórias, da mesma forma que restou comprovado que quando a torcida entra no jogo ela realmente faz a diferença.

Se essas não fossem máximas do futebol profissional e constatações previamente anunciadas por toda a torcida até poderíamos considerar como período de aprendizado e reconhecer que o primeiro semestre não havia sido totalmente jogado no lixo, mas foi.

De qualquer forma, a chegada do Renato Gaúcho, a evolução e a “capitanização” do Cleber Santana, o amadurecimento de Renan Rocha, a entrega plena de Deivid, o processo de estabilização do setor defensivo e, o retorno providencial do talentoso Marcinho, são fatores cruciais e que tem determinado a franca recuperação do nosso Atlético. Porém, em que pese termos reconquistado a nossa auto-estima e a confiança nesse time, é mais do que necessário que a diretoria invista um pouco mais em elenco para que essa campanha de resgate realmente atinja o seu objetivo.

É certo que já presenciamos alguns milagres, mas sem o tal do atacante que o Renato tanto pede eu acredito que seja bastante complicado cumprir a campanha histórica de que necessitamos para não sermos rebaixados.

Não dá pra tapar o sol com a peneira, não podemos nos iludir e nem mesmo nos acovardar, não dá pra tentar garantir as vitórias necessárias só na base do bicho, assim como não há mais tempo para recomeços. Por isso precisamos é de seqüência na boa fase que já está em andamento e para tanto esse elenco precisa e deve ser incrementado o mais rápido possível, porque o resto a gente resolve no grito.

Como se vê, a permanência do Furacão na Séria esta EXCLUSIVAMENTE vinculada à competência do nosso Diretor de Futebol e, principalmente, na atitude – daqui por diante – do nosso Presidente.


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