Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Atitude

30/08/2011


Para quem largou os bets na Sulamericana sob o argumento de que iria focar no Brasileiro, a postura do Atlético no clássico foi ridícula. E não estou me referindo às questões técnicas e táticas, até porque, não dá para esperar muito de um elenco que, mais uma vez, briga para fugir do rebaixamento. Foi a atitude do time que me decepcionou no sábado.

É fato que nos últimos anos temos disputados Atletibas como se fossem apenas mais uma partida. Como se não valesse nada. Mas vale. Ainda que não levássemos em conta a rivalidade sadia e os anos de história do confronto, vale três pontos. E só isso já exigiria do nosso grupo uma atitude bem diferente daquela que vimos no Tremendão.

Explicação para isso? Temos aos montes e esse tema renderia muitas horas de boa conversa. Na minha humilde opinião, o exemplo deve sempre vir de quem comanda. E a nossa diretoria, certamente, não é o melhor exemplo de coragem. Foi extremamente pesaroso para mim ver um Atlético tão apático em campo. Não agrediu, não marcou, não dividiu e não vibrou. Antes de ganhar, temos que querer ganhar. E querer mais do que o adversário.

No meu time de futebol do bairro nunca iríamos admitir que um dos nossos companheiros levasse uma cusparada na cara sem cobrar satisfações. Não, não estou apelando para a violência, por favor. Estou cobrando uma posição firme de todos os jogadores junto à arbitragem. Se o velho conhecido careca não influenciou no resultado, foi extremante conivente com a violência do time Rei da Série B. E os nossos jogadores aceitaram tudo como se fosse algo normal. Deprimente.

Acredito na capacidade do elenco, mas a falta de atitude me preocupa. Sim, porque só vamos nos livrar dessa praga que é a zona de rebaixamento jogando com vontade, com garra, com atitude e vontade de vencer. Jogo após jogo o elenco rubro-negro terá que se superar e se não é na capacidade técnica (e não é mesmo), terá que ser na força de vontade. O torcedor tem feito a sua parte, já passou da hora do elenco atleticano acordar!

Vergonha

Após o Atletiba a imprensa perdeu mais tempo tratando de uma mentira (Renato Gaúcho ter deixado o Tremendão antes do término da partida), do que denunciando a cusparada de Bill em Fabrício. Mesmo sabendo que a nossa imprensa não é séria, tinha esperança que os poucos bons jornalistas denunciassem o lance. Doce ilusão...


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