Silvio Toaldo Júnior

Silvio Toaldo Júnior, 49 anos, é administrador, engenheiro mecânico e sócio furacão desde 2008. Sempre acompanhou o Atlético desde a época de vacas magras no Pinheirão e teve um sonho realizado em 2001 vendo ao vivo e a cores o Furacão ser campeão brasileiro.

 

 

Esperança renovada

04/08/2011


Na quinta-feira passada até o finalzinho do jogo contra o Ceará eu já me pegava fazendo as contas para o Atlético se livrar da zona de rebaixamento. Era instintivo, não tinha como não olhar a tabela e vislumbrar um cenário positivo para o Furacão, infelizmente a expulsão de Gustavo pôs fim ao início da minha empolgação. A entrada de Robston e Rafael Santos fez com que o time perdesse muito em qualidade e em dois descuidos tomamos a virada.

Antes de passarmos para a vitória épica sobre o Santos de Neymar, Elano e Ganso queria ressaltar dois pontos que achei fundamental na derrota para o Ceará e que foram consertados para o jogo contra o Peixe:

1º - Renato Gaúcho mexeu mal no time: Sem apontar culpados, a derrota para o Ceará pode ser computada em partes na conta do nosso treinador, pois sacar Marcinho para colocar Robston e depois tirar Madson para colocar o atrapalhado Rafael Santos fez com que o Ceará virasse o jogo.

2º - Falta de qualidade no elenco: Se Renato Gaúcho mexeu mal contra o Ceará, fico imaginando a cilada que o treinador se meteu ao olhar para o banco de reservas e vislumbrar Robston e Rafael Santos como únicas alternativas para mexer no time. Ficou claro, mais uma vez, a falta de qualificação de alguns jogadores do nosso elenco e como o Brasileirão é longo a reposição é fundamental, ainda mais para um time que começou muito mal a competição.

Se na semana passada o Atlético perdeu o jogo aos 47 minutos do segundo tempo para o Vozão, o que dizer da vitória sobre o Santos aos 46 minutos debaixo de muito chuva e com mais de 20 mil expectadores no último domingo?

O time começou como um verdadeiro Furacão e em menos de 10 minutos já vencia por 2 a 0, situação atípica tanto para jogadores como para nós, torcedores. Mas o time do Santos não se mata com a unha e os badalados “meninos da Vila” tiveram chances de virar o jogo em uma bola de Neymar que caprichosamente parou no travessão do goleiro Renan Rocha.

A ausência de Madson deu nova oportunidade para Branquinho, que parece não gostar de jogar futebol, com um futebol amarrado o meia atleticano joga mais deitado do que em pé e é pouco objetivo quando tem a bola nos pés. Para mim, Branquinho tem talento de sobra, o que lhe falta é vontade, quem sabe o técnico Renato Gaúcho consiga fazer com que ele reedite seus melhores momentos quando ainda vestia a camisa do Santo André.

De qualquer forma, a maneira que Renato Gaúcho vem trabalhando com os jogadores do Atlético têm colocado o time com uma postura diferente em campo e isso renova a cada rodada a esperança do torcedor atleticano, que mesmo figurando nas últimas posições na tabela não deixa de apoiar o time, com chuva ou com sol, afinal de contas a camisa rubro-negra só se veste por amor.


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