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Michele Toardik
Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.
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Tenho a certeza de que o jogo contra o Santos foi um marco importantíssimo para o nosso restabelecimento no Brasileirão, não só pelos pontos conquistados, mas sim pelo resgate psicológico alcançado.
Ainda sinto os efeitos daquela vitória conquistada aos 46 minutos do segundo tempo e já perdi as contas de quantas vezes reprisei o golaço – digno de placa – do Cléber Santana, a cabeçada apoteótica do Manoel e aquele peixinho – irônico e providencial - do Marcinho.
Também não consigo tirar da cabeça a garra e a qualidade do unânime Deivid, as defesas importantes do esforçado Renan, assim como a sensação boa de que finalmente as peças estão se encaixando.
Precisávamos dessa vitória muito mais do que aquela que havia escapado lá no Ceará, simplesmente porque era imprescindível descobrir e provar que poderíamos superar o “impossível”, vencer os melhores, os mais badalados, a arbitragem, a imprensa, os traumas e os pessimistas de plantão.
Tinha que ser assim, mesmo sob uma chuva chata, mesmo traumatizados com o desperdício absurdo dos 3 tentos deixados lá no Nordeste e, com a incômoda lanterna na mão, compramos o projeto de salvar o Atlético e o time felizmente correspondeu, demonstrando ao torcedor que PODE!
A evolução do futebol e do astral já eram evidentes desde a chegada do novo técnico, a mística da Arena já havia dado o ar de sua graça desde o jogo contra o Botafogo, mas a confiança nessa equipe só nasceu no domingo.
É óbvio que ainda temos alguns lampejos infelizes, o Robston ainda ronda o banco – e o campo -, Branquinho caindo de preguiça, mas confio que esse time é de luta.
Foi difícil, mas como grande parte da torcida, também redescobri o otimismo que sempre foi minha marca. E hoje posso escrever com toda sinceridade que EU ACREDITO NO NOSSO FURACÃO, também creio que podemos contrariar todos os prognósticos negativos que insistem em nos vincular, assim como confio que seguiremos nesse Brasileirão com dignidade e cabeça erguida.
E essa confiança certamente renderá frutos nos próximos compromissos, basta que o jogo contra o Ceará sirva de lição para que possamos tirar o pijama em Goiânia e que no domingo a gente repita o roteiro imposto ao Santos.
“O otimismo é a fé que leva à realização. Nada pode ser feito sem esperança ou confiança.” (Helen Keller)
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