Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Vai sair o gol, espere!

02/08/2011


Há 3 semanas escrevi minha última coluna. Desde então me dediquei aos desafios e responsabilidades que a vida coloca no nosso caminho!

Esse tempo longe da Furacao.com culminou com um período de reflexão a respeito das coisas do Atlético. Confesso que a disputa política que tomou conta do Furacão me afastou do Rubro-Negro. Embora sabedora da importância do tema, desanimei ao ver a mesquinharia de alguns na defesa das suas opiniões.

Um sentimento estranho passou a ocupar meu coração. Mesmo não acreditando em rebaixamento, nem deixando de acompanhar as partidas, não queria falar do Atlético com ninguém. Não me sentia à vontade para interceder em favor do Furacão junto aos demais atleticanos. Não tinha nada a dizer, muito menos a acrescentar no ânimo e esperança dos outros torcedores.

Foi a primeira vez que eu me senti assim. Talvez você, caro leitor, entenda o que eu estou falando ou pode ser que nunca tenha passado por esse momento de angústia. É uma experiência terrível para quem é perdidamente apaixonado pelo Atlético.

O momento deprê teve seu ápice na quinta-feira, depois do segundo gol do Ceará. Doeu fundo na alma. Já no domingo, com aquela chuva e frio, pensei em ver o jogo de casa. Foi então que meu irmão ligou perguntando que horas eu gostaria que ele passasse me buscar para me levar para Baixada. Ao ouvir minhas lamúrias, o piá nem me deixou terminar. Trocando em miúdos, ele pediu para eu parar com besteira. Eu disse que iria pensar e desliguei o telefone. Passaram-se apenas alguns minutos até eu ler o título da coluna de domingo do meu colega Paulão Perussolo: Tira a bunda do sofá! Não era preciso nem ler o conteúdo. Algumas horas depois eu e meu irmão estávamos entrando na Baixada para acompanhar mais um jogo inesquecível do Atlético!

Depois do começo arrasador e das bobeadas que custaram o empate, eu já estava decidida a ir embora aos 40 minutos do 2º tempo. E foi nesse momento que Deus novamente me lembrou da sorte e do privilégio que eu tenho em ter um irmão apaixonado pelo Furacão. O guri me disse: Vamos descer e ver o final do jogo lá embaixo. Descemos correndo e nos ajuntamos com os demais espremidos da GVInf. Depois de uns 3 lances eu já queria deixar o estádio, mas meu irmão me olhou firme e profetizou: Vai sair o gol, espere!

E não é que o gol saiu!

Hoje o aniversário é seu, meu mano querido, mas o presente foi você que me entregou domingo! Quem dera todo atleticano tivesse um irmão como você! Não iria me perdoar se tivesse virado as costas para a Baixada e tirado de você o privilégio de acompanhar essa virada sensacional!

Você tinha razão! O gol saiu e com ele saiu também essa chatice que tomou conta do meu coração nesses últimos 20 dias. A semana do seu aniversário não poderia ter começado melhor: Furacão soprando forte!

À você, meu irmão tão lindo, todo o meu amor e toda a minha gratidão pelos 25 anos de parceria! A vida ainda há de nos presentear com outros momentos inesquecíveis como esse!



*** A coluna de hoje é uma homenagem ao meu irmão, João Gabriel Ribeiro (@joaogabriellll), grande atleticano e companheiro de Baixada!


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