Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Morro, mas não vejo tudo!

10/07/2011


Um pouco de política

Tempos atrás ouvi uma entrevista de MM, dizendo que ele estava fora de Curitiba quando recebeu o telefonema, hoje fatídico, dizendo que ele seria o candidato da situação que enfrentaria o Professor José Henrique de Faria nas eleições do Atlético. Se naquele dia ele tivesse dito “não” como resposta, teria sido a coisa mais correta da vida dele. O tempo passou e ele já está na história como uma das figuras mais odiadas pela torcida do Atlético. Algumas pessoas que conheço, daquelas mais exaltadas, chegam a dizer que odeiam MM “mais do que Dagoberto”. O fato é que MM conseguiu criar no Atlético um estigma semelhante aquele da “Era Dunga”, sinônimo de um retumbante fracasso do Brasil na Copa do Mundo. Dunga teve a chance de se redimir, coisa que MM não terá no Furacão. Mesmo que ele seja campeão de qualquer coisa, estará para sempre marcado. Como no futebol sempre há gente descontrolada, creio que o presidente deve tomar providências com relação à sua segurança pessoal e de sua família. O homem MM é um sujeito correto, que tem família e não merece sofrer nenhum tipo de ameaça, venha ela de onde vier. O seguro morreu de velho.

Mas o fato é que Mário Celso Petraglia é o novo presidente do Atlético. Em sua entrevista coletiva ele afirmou categoricamente “que será uma lavada”. Será mesmo, já que a torcida não dará crédito a ninguém ligado a MM, não abraçará nenhuma “terceira via”, representada por quem quer que seja, até mesmo pelos próprios integrantes da oposição das eleições anteriores, pois isso representaria uma aventura. Ninguém quer mais o desconhecido e sim a segurança que Petraglia representa na cabeça da torcida. Ele tem plena consciência disso e sabe que sua volta é uma questão de tempo. A questão no meu entendimento é apenas “quando”.

Falando de bola

Neste sábado, na estreia do nosso reforço, vi um jogador comum que sofreu exatamente o que todos os outros homens de frente que já passaram por aqui esse ano. Morreu de fome sem receber bolas, e quando mostrou um pouco de inteligência, ao fazer um bonito corta-luz, encontrou na finalização os mesmos "craques" que nos deixaram até agora com esses míseros dois pontos. Será que ele vale os milhões que foram investidos nele? Será que ele é tão diferente assim de Adailton e de Edigar, o menino da base que fez um gol?

Vi em Madson um guerreiro que destoa dos seus colegas de time e em Paulo Baier um jogador que parece estar realmente cansado. Renato falou que o resultado não apareceu e procurou ver fatores positivos. Ele tem que fazer isso mesmo, já que é dele a responsabilidade de operar o segundo milagre da história desse Clube. O primeiro foi quando deixamos de ser o Atlético da falência, do desespero, da folha de pagamento em atraso, dos treinos em campos de baixa qualidade. O segundo terá que ser a fuga da segunda divisão, e para isso teremos que contrariar todas as estatísticas e a história do campeonato.

Renato tem que mostrar que sabe mesmo falar a língua dos jogadores, pois ele já fez tudo que um jogador pode fazer. Virou nosso técnico e contou com o apoio de onze mil torcedores, sábado, nove da noite, no frio de Curitiba. Se nos salvar pode se tornar imortal na Baixada e se tratando de Atlético, tudo é possível. Morro e não vejo tudo!


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