Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Os dois Atléticos

05/07/2011


Estamos diante de dois Atléticos: um do superávit e da instabilidade política e outro da apatia e da vergonha dentro de campo.

O primeiro eu poderia chamar de Atlético do Marcos Malucelli. Um Atlético covarde, chato, sem graça, sem pulso, sem comando, sem tesão em ser rubro-negro. Um Atlético cada vez mais só. Mais isolado. Um Atlético onde não há união, nem companheirismo, nem camaradagem. Um Atlético que não honra tudo que conquistou no passado a duras penas. Um Atlético pobre de espírito. Um Atlético que, definitivamente, não é o meu Atlético.

Já o segundo Atlético é consequência direta do primeiro. Se aquele perdeu o rumo, este último é quem paga o preço. A falta de vergonha demonstrada até aqui por esse elenco (com a sempre honrosa exceção ao Deivid) nada mais é do que o resultado da trágica administração que prometeu investir em chuteiras.

E qual a solução para dar um basta nessa fase desanimadora pela qual passamos? Numa visão bem simplista: separar os dois Atléticos.

Eu já perdi as esperanças no primeiro Atlético, o do Marcos Malucelli. Esse Atlético só vai ter jeito quando tivermos gente corajosa administrando o clube. Aliás, desse Atlético eu quero dar um tempo. Volto a ele quando as eleições do final do ano estiverem delineadas. Afinal, enquanto nos digladiamos com as questões políticas, o outro Atlético, aquele que realmente importa no momento, vai se afundando cada vez mais.

É nesse Atlético que devemos focar agora! Um Atlético que pode, e espero, venha a ter a cara do seu novo treinador. Um Atlético irreverente, confiante e decisivo. Um Atlético que não foge de uma briga e que honra a camisa que só vestimos por amor. Um Atlético que se entrega e que luta até o fim.

Quero o Atlético que todos nós conhecemos, nos apaixonamos e aprendemos a amar. Mas que anda meio sumido, como se tivesse perdido a identidade e esquecido quem realmente é. Nós, rubro-negros, não nos esquecemos do nosso verdadeiro Atlético, aquele do sangue que ferve em nossas veias. É por isso que estaremos na Baixada no próximo sábado, para apoiá-lo e incentivá-lo, aguardando que o nosso Furacão volte a soprar forte.

Aqueles que merecem terão o nosso apoio. Sempre!


Este artigo reflete as opiniões do autor, e não dos integrantes do site Furacao.com. O site não se responsabiliza e nem pode ser responsabilizado pelas informações acima ou por prejuízos de qualquer natureza em decorrência do uso dessas informações.