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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Adeus, Adilson!
25/06/2011
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Não adianta mais explicar nada, pedir prazo à torcida, pedir apoio ou ajuda, pois de forma simples e direta, a paciência de todo mundo acabou. Mesmo com todo o respeito que tenho com a instituição, com as pessoas algumas das quais conheço na Baixada, é inexorável constatar e afirmar algumas verdades. Adilson Batista não deu e pediu demissão. Parece que ele não conseguia fazer boas leituras de treinamentos e jogos, e mesmo com toda boa vontade do mundo, pois tínhamos expectativas bastante positivas em relação a ele, simplesmente a coisa não foi. Nesse sábado o jogo foi triste, pois não fizemos nada, absurdamente nada. Posso estar maluco e vendo coisas. Creio que boa parte desses jogadores que estão em nosso grupo se daria muito bem em outras equipes.
Portanto, a saída dele é mais do que natural. Ele não poderia continuar pedindo paz aos torcedores com essa campanha pífia. Não para nós que temos desgraças acumuladas, fazendo de todos os atleticanos um bando de vespas nervosas e prontas a reagir a qualquer provocação. Chegou perto de qualquer atleticano, leva ferroada. É assim que a torcida está. Siga seu caminho em paz Adilson, pois se você ama realmente o Atlético e foi aqui que sua história teve início, preserve o que ainda pode ser uma boa lembrança.
Paulo Rink nem é citado nessa confusão toda. Ele como diretor de futebol não é vitima do mesmo ódio direcionado a Ocimar Bolicenho. Já pensaram se Ocimar fosse o diretor de futebol? O cara estaria ardendo em óleo fervente até ficar crocante. Paulo tem melhor sorte e sua história no Clube é muito respeitada. Tomara que ele não seja questionado como foi Geninho, um dos profissionais que foi cruelmente destratado por aqui. Será que com Geninho a coisa seria diferente? Jamais saberemos.
Outro fato é que agora quase a totalidade dos torcedores atribui a responsabilidade de tudo ao presidente Malucelli. Declarações infelizes somadas a atitudes desastrosas, contratações que não deram certo, jogadores que vieram e para nada serviram são a tônica de uma gestão que comemora resultados administrativos em vez de títulos e não supera a equação decifrada por outros clubes que estabelecera uma relação direta entre saúde financeira e conquista de títulos.
Sempre achei que qualquer pessoa ligada a Malucelli teria muitas dificuldades para se eleger “presidente” no Atlético. Agora tenho a mais absoluta certeza que o comando do Clube vai ser renovado, pois mesmo que surjam fatos novos, eles não serão suficientes para mudar o quadro eleitoral. A pá de cal foi lançada hoje. Antes, essa gestão já estava fechada em um caixão e agora, a urna está lacrada.
O caminho de Petraglia está pavimentado não só pela falta de resultados no campo e sim pelo conjunto da obra. O ex-presidente do Atlético não teme as crises, pois assumiu o Clube depois de uma vergonhosa derrota, creio que igualmente dolorosa como essa de Atlético x Bahia. A história todo mundo conhece e as mudanças que aconteceram a partir daí, fazem parte de uma das mais belas mudanças já experimentadas por uma equipe de futebol.
Diante desse quadro caótico, precisamos de mudanças e rapidamente. Na filosofia da gestão, na contratação de jogadores e em uma nova dupla de zaga. Se no jogo passado foi Rafael Santos, nesse Manoel foi driblado com uma facilidade impressionante, para um zagueiro que os cronistas apontavam como “craque de bola”. Desse goleiro nem dá para falar nada, uma vez que ele só toma bucha da sua própria zaga. Mudanças servirão para colocar panos de quentes de maneira breve na situação, que está muito longe de ter uma solução.
Melhores tempos para nós atleticanos. Não pensei que teria um ano tão infeliz no futebol.
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