Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Coisas que não entendo

01/02/2005


Vai ano, vem ano e os estaduais estão aí, só para encher lingüiça como se diz popularmente. Vamos aos fatos:

- Caio Jr., treinador do Cianorte disse que não há condições de jogar no campo do Rio Branco em Paranaguá;

- O bom goleiro Fernando , do time deles, admitiu que o alviverde não tem jogado bem, mas é impossível apresentar um bom futebol no Pinheirão ou no matagal de Apucarana;

- O Paraná Clube, mesmo com sua diminuta torcida, não pode levar menos de mil pessoas por jogo como tem levado nesse campeonato;

- Aliás, pouquíssimos times tem levado mais de mil espectadores em seus jogos. O pior público do Atlético no Brasileiro 2004 foi numa fria noite de inverno, com quase sete mil pessoas, só para comparar;

- O tal de Império, nem sede tem. Vários jogadores já abandonaram o barco por falta de pagamento e os jogadores sequer tem água potável nos treinamentos;

- Enfim, enquanto levamos meses para regularizar a situação cadastral de qualquer jogador, os times do Rio de Janeiro anunciam o reforço na quinta e domingo lá está o caboclo em pleno Maracanã. Isso sim é “organização”!

Times como Atlético e o rival não podem mais se sujeitar a disputar um torneio deficitário, arcaico e sem motivação nenhuma. Que os demais times joguem durante um mês e que Atlético e eles entrem numa fase decisiva, contra os outros quatro melhores e decidam. Vai dar Atlético campeão e coxa vice, ou vice versa, sem erro! Falam tanto em dinheiro, rendas, receitas e imputam um ingresso extremamente caro num campeonato falido. Vá entender !

e pelas bandas da Baixada....

A coisa está complicada! O Atlético está buscando reforços nos dois primeiros clubes rebaixados do Brasileiro: Grêmio e Guarani. Não me parece óbvio que lá estão os melhores. E o “presidente” Fleury, aquele que fala e é desmentido logo depois, ainda disse que só vai vir jogador para integrar o elenco, titular pra valer não e que o Iraty é parâmetro para os difíceis jogos da Libertadores. Haja coração, como diria Galvão Bueno.

Enquanto isso vemos a boa vontade da imprensa com jogadores formados por aqui. Ninguém contestava Igor, que ajudou o Olaria a fazer 2 gols na sua estréia no tricolor das Laranjeiras. Agora eleger William o melhor em campo contra o azulão dos Campos Gerais foi demais! Os dois gols saíram de seus pés, mas daí para dizer que foi o melhor em campo, vai uma distância enorme!

Fabrício não foi tão mal. Se não é um Jadson, ao menos fez alguns bons lançamentos, rodou a bola no meio campo e procurou o jogo, nem de longe lembrando aquele sonolento jogador. Mas a torcida quer e exige mais. Só matando a pau uma partida, fazendo gols e dando assistências é que a torcida não vai mais pegar no seu pé.

Em compensação o povo gostou do Romário genérico, o tal Jorge Henrique. Veio com fama, era ídolo do Náutico, mas por aqui parece triatleta: pedala, corre e NADA! Um avante que veio para se firmar, joga quatro jogos contra times frágeis e não marca nenhum, está com algum problema.

Enquanto isso, nossa brilhante diretoria vende mais um candidato a ídolo, não traz nenhum reforço que compense e a eterna história é equilibrar o caixa. Alguma coisa está errada, pois desde a venda de Oséas, Paulo Rink, Lucas, Adriano, Kelly, Alberto, Kleber, principalmente Kleberson ouvimos a mesma coisa. Ta difícil de engolir!


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