Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

É preciso quebrar paradigmas

13/06/2011


Amigos, diante da incerteza se poderia acompanhar a partida hoje, pedi ao grande atleticano Giuliano Almeida para que escrevesse algumas linhas sobre o jogo. Como previsto pude assistir apenas uma parte da segunda etapa, mas a opinião do Giuliano reflete a minha, então peço a licença de vocês para reproduzir o texto que ele me enviou:

É preciso quebrar paradigmas

paradigma
(grego parádeigma, -atos)
s. m.
1. Algo que serve de exemplo geral ou de modelo. = PADRÃO
2. Gram. Conjunto das formas que servem de modelo de derivação ou de flexão. = PADRÃO
3. Ling. Conjunto dos termos ou elementos que podem ocorrer na mesma posição ou contexto de uma estrutura. (Dicionário Aurélio).

O futebol precisa mais do que nunca quebrar os paradigmas. O jogo deste domingo demonstrou que paradigmas estão aí para serem quebrados. Não quero ser poeta, ou um iludido, mas o fato é que hoje, com os pezões no chão, vou analisar o lado bom da coisa, o Atlético empatou com o Flamengo por um gol, jogamos melhor, merecíamos a vitória, mas por um erro individual, cedemos o empate. Coisas dos Deuses do futebol, como diria aquele semideus.

Bom, o jogo contra o Flamengo nos traz muitas reflexões.

Incrível, mas eu consigo extrair do jogo algo positivo. E vou elencá-las:

• O Atlético não é mais dependente do Paulo Baier, até mesmo na bola parada;

• O nosso maior problema é a zaga, nossa dupla sofre muito jogando na pressão;

• Adilson está largando a teimosia e procurando encontrar o 11 ideal;

• Com um centroavante (jogador de área) o Atlético funciona melhor (mas Nieto não é o ideal);

• As jogadas pelas pontas são mal trabalhadas;

• Guerrón, Paulinho e Rafael Santos são jogadores de baixo nível, são os que destoam negativamente no elenco atleticano.

Sim, eu vi evolução no time. Vi o time tocar bem a bola, apesar de Branquinho errar muitos passes. Vi o time dar combate no meio, com um show de competência do menino Deivid. Vi um o time se movimentar bem e chegar varias vezes ao ataque e até finalizar, apesar de o Nieto ainda não saber jogar com os pés. Vi que o time tem um bom goleiro, seguro, voluntarioso e eficiente.

Sim, eu vi evolução.

O erro (de novo) foi individual. De um zagueiro que já tinha entregado um jogo ali mesmo na Baixada. Manoel nada pode fazer, porque saiu pra cobrir o companheiro de zaga que fez a lambança e resultou no gol dos caras.

Fica difícil falar do jogo, um primeiro tempo horrível, com Madson escondido e Guerrón ruim como sempre. Wendel apoiava bem e cobria bem o meio. Paulinho com o parque de diversões aberto e nulo em campo novamente. Os zagueiros até fizeram um bom primeiro tempo, ou como diz aquele um, não comprometeram.

No segundo, o time voltou melhor, até que marcou o numa bola parada, primeiro gol do CAP no campeonato, gol do baixinho Madson. Flamengo sentiu o gol e o Furacão começou a gostar do jogo, Branquinho mesmo mal criava jogadas, Madson reapareceu, Guerrón saiu pra entrada de Adaílton, que deu mais qualidade ao ataque. Pezão sacou o Branquinho e colocou o Cleber Santana, nada mudou e depois sacou o baixinho pra entrada do experiente Paulo Baier. Mas o Flamengo já tinha empatado o jogo e era tarde pra buscar o gol da vitória.

Enfim, o time está evoluindo, duas ou três peças destoam do elenco e os reforços são mais do que necessários para a reabilitação e quem sabe o sucesso do rubro-negro em 2011.

Entro no coro do pedido de paciência, como aposto minhas fichas na formação de um bom time para todo o campeonato brasileiro.” (Giuliano Almeida)

*Os e-mails que forem enviados para esta coluna excepcionalmente serão repassados ao Giuliano.


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