Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Resgate

08/06/2011


Como tem sido complicado encontrar palavras para falar e, principalmente, para tentar ajudar o nosso Furacão. Qualquer coisa que falamos ou escrevemos poderá ser usada contra nós, contra o Clube, nos impõe rótulos (passivo, pessimista, comprado, omisso, malucelista, petraglista, otimista, romântico, nostálgico, burro) e assim por diante.

Mas ostentando e fazendo o uso do rótulo de que mais me orgulho – ATLETICANA – vou falar daquilo que me inspira e do que eu gostaria que acontecesse. E se você leitor está cansado de críticas e lamentações, vem comigo resgatar o Furacão!

Pois bem, o Atlético dos meus “sonhos" sempre foi coletivo, um time que sempre chamou a atenção pelo seu conjunto, pela sua força comunal. Que tanto fazia acontecer aquele jogo curtinho, utilizando a troca de passes como atalho para surpreender o adversário (1983/2001/2004), aquele que sempre teve prazer de estar com a bola nos pés (1995/1996/2004), além daquele dos contra-ataques fulminantes (1999/2001/2004), ou simplesmente o Furacão do jogo pegado, guerreado e perseverante (2005/2008).

Enfim, não importa qual dos times atleticanos sensacionais que tivemos nesses anos de história, sejam eles técnicos ou simplesmente guerreiros, dos personagens qualificados e das figuras emblemáticas, mas sempre alcançamos as nossas maiores conquistas a base de muita raça e do apoio incondicional da nossa apaixonada torcida.

É claro que nem só com vontade e torcida voltaremos a conquistar vitórias e títulos, para isso também precisamos contar com jogadores de qualidade e um pouquinho de sorte. Mas creio que se cada um cumprir devidamente o seu papel, se resgatarmos aquele atleticanismo - que sempre foi a nossa marca registrada - teremos dias melhores.

Tenho meus momentos de nostalgia, porém não trocaria a minha cadeira estratégica e numerada pelas insolações e chuvas de vento que enfrentamos no Pinheirão. Sinto falta é daquele ímpeto que nos conduzia àqueles jogos, ou da dor que sentia quando não podia ir.

Mesmo nos momentos de dificuldade e vacas magrinhas o orgulho estava lá e hoje, mais do que nunca, ele tem que estar aqui!

Precisamos de um resgate emergencial de TUDO o que já tivemos de bom no Atlético Paranaense, dentro e fora de campo, a começar pela Diretoria, Comissão técnica, jogadores e torcedores. Vontade não se mostra pelo calção sujo e sim com sangue nos olhos! Amor se prova o tempo todo, não só nos momentos de alegria.

É preciso ter em mente que estamos às vésperas de um momento muito peculiar de nossa história e a união é mais do que necessária. Deixaremos a nossa Baixada por um motivo nobre e iremos enfrentar praticamente todas as dificuldades que há alguns anos faziam parte da rotina atleticana.

Privações, saudade de casa, quebra da rotina, chuva na cabeça e uma chance de ouro para valorizarmos tudo aquilo que foi conquistado com tanta luta.

Ocorre que a curtíssimo prazo, precisamos resgatar alguns pontos nesse Brasileirão e, para isso, precisamos de toda a ajuda possível. Domingo é dia de esquecer as mágoas, deixar a vaidade de lado e colaborar nessa missão de salvamento tão difícil diante do Flamengo. Que seja um novo começo!

E afinal de contas não custa nada ajudar e adotar alguns hábitos: faça todo dia uma boa ação pelo Atlético, pratique o atleticanismo, orgulhe-se de suas cores, relembre e respeite a sua história e acima de tudo DEFENDA O RUBRO-NEGRO!



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