Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Queremos jogador(es)

06/06/2011


O futebol ia de mal a pior, era o último ano de mandato da diretoria anterior, o time lutava ponto a ponto, minuto a minuto, para escalar do rebaixamento para a segunda divisão, quando o então presidente Petraglia chamou o diretor jurídico do clube a época – atual presidente – Marcos Malucelli para assumir a vice presidência de futebol do clube e fazer o possível e o impossível para salvar o Atlético da degola.

Funcionou! Malucelli trouxe o ídolo Geninho, que independente dos métodos, uniu a boleirada, e ajudou o Furacão a permanecer na primeira divisão. Malucelli havia declarado que não seria candidato a presidente porque o cargo exigia grande dedicação e tempo, coisas que declarou que lhe faltariam já que tinha muitos afazeres em seu escritório de advocacia.

Até no futebol existe uma coisa chamada política, e ela foi a “culpada” pela candidatura de Marcos Malucelli, em chapa situacionista apoiada pelo ex-presidente Mario Celso Petraglia. Todos sabiam que o futebol estava sucateado, então o carro-chefe da “campanha” de Malucelli foi justamente a promessa de investimento em “chuteiras”.

Os erros até aqui foram muito mais numerosos que os acertos, e não é preciso grande esforço para chegar a esta constatação. Entre os erros, tardiamente, sem planejamento, com alguns golpes de sorte e um pouco de competência, além do benefício trazido pela paralisação para a Copa do Mundo de 2010, o time encaixou no segundo semestre do ano passado e por pouco, muito pouco mesmo o clube não voltou a disputar uma Libertadores.

Chegou 2011 e mais uma vez o planejamento foi por água abaixo. Eu fui um dos que aprovei a renovação com Soares, por exemplo, e compartilhei do erro dos dirigentes, mas realmente não havia bons técnicos disponíveis no mercado naquele momento. O fato é que o filme se repetiu mais uma vez, o troca-troca de treinadores e contratação e dispensa de jogadores confirma a desordem do futebol rubro-negro.

A política de investimento em atletas da diretoria anterior era correta, o erro estava justamente na avaliação desses atletas. Gastamos uma fortuna com pernas de pau! A política de empréstimos dessa diretoria é uma vergonha. Não há problema em trazer jogadores emprestados, desde que isso seja exceção, e não regra. Agora caminhamos para o final do mandato da atual diretoria, o melhor momento para investir em atletas já passou (dez/2010 – jan/2011) e nos resta trazer mais meia dúzia de emprestados que ajudem o Pezão a acertar o time e fazer um Brasileirão digno, já que esse começo foi vexatório (novamente) para os torcedores. E sim, sou a favor da permanência de Adilson Batista no comando. É teimoso, teve seus erros, mas no médio prazo acredito no trabalho do atleticano. Chega desse troca-troca ridículo de treinador. Precisamos é de atletas que ajudem a resolver nossas carências, principalmente no ataque. Acorda Malucelli! Chuteira tem de sobra no CT do Caju, agora “só” falta quem use.


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