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Paulo Perussolo
Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.
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Vícios e virtudes
30/05/2011
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Mais uma bucha! Tá difícil comentar jogo do Atlético... Adilson errou de novo, o time perdeu de novo, mais uma vez um zagueiro entregou a rapadura. Como não ser repetitivo com essa coletânea de insucessos com o mesmo roteiro? Complicado. Leio a coluna do brilhante colega Juarez Villela e me identifico. É grave! Vivi muito menos o Atlético (por uma questão meramente cronológica), e mesmo assim já me sinto saturado, cansado com o desleixo do futebol, farto da política dos bastidores, desanimado.
A escalação inicial não foi assim tão equivocada, na verdade foi uma das melhores desde que Pezão assumiu a equipe, mas Rafael Santos, apesar de mais velho foi tão juvenil quanto Bruno Costa e marcou um golaço... CONTRA. Afundou o início um pouco mais lúcido da equipe com um toque na bola, contra a própria meta. A partir daí o time se perdeu e não vimos mais futebol até meados da segunda etapa.
Faltou entrosamento, o posicionamento dos volantes e dos atacantes foi muito ruim e Paulo Baier, responsável por armar as jogadas, jogou um futebolzinho do tamanho da sua miniatura, lançada na semana passada pelo Atlético. O maestro, já exaltado pelo colunista, não vem bem e no momento não tem vaga entre os titulares. Não é tarefa fácil para Pezão tirar o capitão sem causar problemas para o elenco, mas é atributo de um líder, então saberemos se o atleticano é ou não é o treinador que imaginávamos quando tanto clamamos pela sua contratação.
No mais o esquema com “três” volantes não é o maior problema, ainda mais agora que temos volantes de qualidade. Três entre aspas porque Cleber Santana é praticamente um meia, e armou mais do que Baier enquanto esteve em campo, do qual não deveria ter saído. Errou o treinador. Eu esperava mais de Oliveira ontem, não significa que tenha ido mal, só que eu achei que faria uma partida acima da média, já que é bom na marcação, tem habilidade, e um volante canhoto costuma fazer a diferença no time.
Vamos à parte boa, os destaques positivos (sim, tivemos). Deivid, apesar do tamanho, foi um gigante. O que tem jogado este menino não é brincadeira. Um verdadeiro carrapato na marcação, e até no ataque ajudou vez ou outra, mesmo não sendo a dele. Já elogiei Cleber Santana, que pra mim vai conquistando seu espaço no time e não deve mais sair. Vale o elogio para a força de vontade de Nieto, que incomodou a zaga gremista e quase salvou a lavoura do Umbará. Por fim, o melhor em campo: Romulo. Jogou tudo e mais um pouco. Praticamente todas as grandes chances do Atlético surgiram em jogadas do lateral, que foi um verdadeiro guerreiro, demonstrando personalidade, coragem de arriscar e errar mesmo no primeiro tempo, quando a maioria se acovardou, optando pelo toquinho pro lado.
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