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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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O rei está só?
07/05/2011
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Essa semana o que vimos foi uma série de figuras importantes “pulando do barco” atleticano. Não importam quais foram as motivações, quer sejam elas de natureza absolutamente profissional, ou de natureza pessoal. O fato é que houve uma deserção do exército que estava não faz muito tempo, disposto a lutar ao lado de Marcos Malucelli. Caiu o maior desafeto da torcida nos últimos tempos, odiado de forma quase unânime, pois quando foi contratado, simplesmente esqueceram do que ele significava na história do futebol paranaense. Ocimar tem história como rival do Atlético e o caso dele, têm uma sutileza nada sutil quando comparado ao de Domingos Moro, notório torcedor do rival, e também quase presidente, ao contrário de Ocimar que foi presidente do Paraná Clube. Moro resolve questões jurídicas e não se envolve de forma direta com a equipe que entra em campo. Ocimar tinha uma caneta que pareceu sem tinta, esvaziada pelas declarações do presidente, feitas só depois da crise sangrar como um chafariz que verte água.
E o bonde da deserção em massa continuou com a saída de Walmor e Ademir Adur, que saíram sem dar muitas declarações, num silêncio gritante e revelador, que não esconde as divergências que gritam por todos os cantos do Furacão, do CT até a Baixada.
O fato é que se não está só, Malucelli parece estar só, abandonado por seus pares que seguramente devem ter escolhido com ele o caminha da ruptura com Petraglia, e que agora parecem inexistir ou pouco aparecem, preservando a si próprios e deixando que o presidente arda em óleo escaldante, fritado a mais de mil graus a cada atitude o gesto que tome.
Não há quem divida responsabilidades e chame para si um pouco dos holofotes. Tudo desaba sobre uma única figura. E vejam o tamanho da responsabilidade da partida contra o Vasco da Gama, que ganha uma importância enorme nas pretensões do clube nesse primeiro semestre. Ganhando temos chances reais de estar na final da Copa do Brasil, contra o maior rival que só não estará lá por um desastre que eu, como bom atleticano que sou, torço muito para que aconteça.
Aliás, mudando de saco para mala, é possível entender a euforia dos nossos “amigos”. Eles nos assistiram bem próximos a um bicampeonato brasileiro, numa final de Libertadores, caíram para a segundona duas vezes, fizeram aquele papelão bizarro no jogo contra o Fluminense e é natural que precisem construir uma história diferente. Mas não conseguiram apagar a nossa história recente, que é vibrante, repleta de alegrias e momentos de profunda felicidade. Se tivemos uma década perdida como a dos anos setenta, onde há de aparecer alguém que conte a verdade sobre algumas partidas comandadas por um certo Chinês, nos recuperamos ao longo dos anos seguintes, pelo menos equilibrando as contas com a história.
Finalizando se não temos unidade política, e tenho certeza de que não teremos por muitos anos, vamos pelo menos nos unir nas arquibancadas no jogo contra o Vasco. É preciso motivar nossos atletas, para que eles tenham clareza do que está em jogo, para nossos corações e para as carreiras deles. Vencer na bola é tudo. O futebol por muitas vezes não aceita essa desculpa de “levantar a cabeça e partir para o próximo jogo”.
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