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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Será que esqueceremos o início de 2011?
30/04/2011
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Uma vitória como a de hoje contra a equipe do Rio Branco de nada serve para acalmar os ânimos da torcida rubro-negra. Serve em especial para os jogadores reafirmarem seu compromisso com a vitória, para o treinador fazer suas observações, enfim, para minimizar a péssima impressão que o time deixa nessa temporada do paranaense.
Li essa semana na Gazeta, que Anibal Khuri quando perguntado sobre a diferença entre o eleitor e o torcedor, não teve dúvidas na resposta, dizendo que ao contrário do eleitor, o torcedor “não esquece”. E isso é verdade. Nenhum atleticano vai esquecer os primeiros meses de 2011, embora todos desejemos fazê-lo. Mas para os dirigentes o castigo é ainda maior. A imagem do atual presidente do Atlético como gestor está combalida, pois, como eu havia escrito algumas semanas antes, alertando que as eleições já haviam começado estão imputando a gestão dele a responsabilidade das derrotas. Foi ele até mesmo em nível pessoal, a principal vítima das derrotas do Clube. Em nível pessoal sim, já que circula nas redes sociais um “cartaz” de filme, com a foto do presidente com o título “mentiroso”. Nunca gostei desse tipo de ataque, pois o plano do debate em alto nível parece ser mais razoável. Porém, os resultados desastrosos no campo, a fúria da torcida, apesar de não ser aceitável em especial pela forma do protesto, pode até se tornar compreensível. Alguns perguntam “onde está o investimento em chuteiras”, outros perguntam “onde está a ousadia”, outros criticam a decisão de manter Bolicenho e muito, muito poucos conseguem enxergar algo de bom na atual gestão. Misturam o administrador com o homem e aí, sai de baixo!
Acredito que mesmo com bons resultados na Copa do Brasil, ou no campeonato brasileiro, me parece que o atual grupo dificilmente conseguirá se manter no comando do Furacão. Porém, como a vida é feita de fatos, e os fatos acontecem e se renovam todos os dias, podem existir mudanças conjunturais, que nem eu, nem outra pessoa qualquer podemos prever quais sejam.
Se estivéssemos tratando de uma eleição para prefeitura ou governo, diríamos que o candidato da situação tem um “guizo” pendurado nele, não importa quem seja. Onde for fará o mesmo tipo de barulho, como se carregasse um rótulo de identificação, um código de barras, onde está escrito “péssima administração”.
Também escrevi na minha coluna passada, que tratava do nascimento de uma “lenda”, que a história está em movimento, sendo escrita dia após dia. Foi uma das colunas mais atacadas que já escrevi, por pessoas que tentam rotular minha posição como sendo a favor de “a” ou “b” nas eleições que nem estão convocadas ainda. Se nada mais drástico acontecer, elas serão apenas no fim do ano. Claro que vou me posicionar. Acho importante como torcedor, como sócio do Clube, estar ao lado daquele que considero o melhor projeto para o Atlético. Mas reitero que ainda há muita água para passar por baixo da ponte, não descartando e temendo a hipótese do atual quadro piorar. Basta olhar para Vila Capanema e ver que sempre, sempre pode ser pior.
Por fim, um de meus colegas colunistas fez uma análise do perfil do torcedor atleticano. Há muito de verdade ali e no meu ponto de vista, a mudança do perfil econômico de quem vai ao estádio, provoca uma mudança natural na temperatura das arquibancadas. Isso o clube pode modificar criando e estabelecendo novos canais de relacionamento com a torcida, o que pode ser objeto específico de uma outra coluna.
Fica aqui uma lembrança especial a alguns amigos residentes em Salvador, que estiveram no jogo Atlético e Bahia, torcendo pelo Furacão. Deve ter sido bem legal voltar para casa com cinco gols na sacola, para distribuir no Pelourinho. Abraços aos “Amauris”, pai e filho apaixonados pelo Atlético.
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