Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Isso é pensar grande

26/04/2011


Fosse a justiça dos pontos corridos e o coxa já teria sido campeão rodadas atrás. Do meu ponto de vista, o jogo de domingo apenas serviria para comprovar a ascensão da equipe e para estragar a festa verde. Nada mais. Nada mais? Não sei você, caro atleticano, mas eu considero o coxa o nosso maior rival. É bem verdade que nos últimos anos protagonizamos grandes jogos contra São Paulo, Santos, Fluminense, Grêmio, mas o nosso rival mesmo é o coxa. Até porque, em minha opinião, a rivalidade é, essencialmente, regional. A rivalidade nasce dentro do nosso quintal.

Nem todos pensam assim e eu os respeito. Vejam o presidente Marcos Malucelli. Mais uma vez, a poucas horas do clássico mais importante do Estado, ele minimizou o eventual resultado da partida. Para ele, importante seria rivalizar contra um Flamengo da vida. Engraçado, mas esse jeito de “pensar grande” não combina com nosso presidente. Ora, a depender de Malucelli, a Arena da Baixada não sediaria jogos da Copa do Mundo e ainda estaríamos recebendo valor de troco pelas cotas de TV, para falar apenas de duas questões recentes e emblemáticas. Aliás, se, de fato, Malucelli pensasse grande, nunca teria trazido Ocimar Bolicenho, ex-dirigente do finado Paraná Clube, para administrar o futebol do Atlético. Ah presidente, seu discurso não combina com sua administração.

Creio que temos capacidade para voltar a figurar em papel de destaque no futebol nacional, mas para isso acontecer, precisamos primeiro consolidar nossa hegemonia dentro de nossas próprias fronteiras. Por conta disso é que não desprezo o Campeonato Paranaense, muito embora o considere a competição menos importante que disputamos. E ser a menos importante é bem diferente de não ser importante. Para um clube do porte do Furacão e cheio de ambições, é inadmissível ficar em segundo lugar num campeonato de apenas 2 times, sendo que o clube a nos fazer frente é rebaixado para a Série B do Brasileiro a cada 2 anos.

Nossa campanha nesses primeiros meses de 2011 reflete o amadorismo da nossa diretoria. Tudo vai de mal a pior e nada acontece, nada muda. Não se investe em tijolos e muito menos em chuteiras. Só se ouve chororô, acusações e lamentações. Fico a pensar: qual será o legado deixado por Malucelli em dezembro? Qual será a marca de sua gestão?

Seguindo em frente, é importante frisar que desde a chegada de Adilson Batista o time evoluiu. Ainda precisamos de reforços, mas creio que temos condições de brigar pelo título na Copa do Brasil e devemos nos unir em torno desse objetivo. Sem ignorar as barbaridades cometidas pela diretoria, nas arquibancadas devemos apenas apoiar o time dentro de campo. Não é o momento de crucificar nenhum jogador, mas sim de valorizar o esforço e a melhora da equipe.

Uma grande campanha para unir torcida e time em busca do título na Copa do Brasil! Isso sim é pensar grande!



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