Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Justiça

25/04/2011


Não há palavra que melhor defina o título conquistado pelo Coritiba contra o nosso Atlético. O rival foi superior desde o início da competição, venceu tanto no Couto quanto na Baixada e levantou o caneco. O Furacão esteve mais para brisa no estadual e só acordou sob o comando de Adilson Batista, na reta final, o que não foi suficiente para gerar uma final de campeonato.

O jogo começou bom para o Atlético, atacando bastante enquanto o Coxa ficava encolhido no campo de defesa. Apareceu então o jogador que decidiu o clássico - negativamente, no caso, para o Atlético: Manoel. O zagueiro mais uma vez demonstrou todo o seu despreparo emocional, uma imaturidade absurda, agredindo o adversário na frente do árbitro e do bandeirinha, sendo expulso com justiça.

Mesmo com um a menos a equipe continuou bem postada em campo, com os companheiros tendo que correr em dobro em decorrência da falta de vergonha na cara do imaturo zagueiro Manoel. Algumas chances foram criadas, mas faltou capricho na finalização. Como quem não faz, leva, Bill apareceu sem marcação na área para marcar de cabeça no rebote de grande defesa de Renan Rocha. O gol foi de bola parada, então a imprensa (verde) paranaense mandou avisar que a partir desse gol de bola parada tem o mesmo peso de gol com bola rolando.

No final do primeiro tempo o goleiro Renan, que vinha se firmando como titular, tomou um frango ridículo após um “peido de veia” do meio da rua do mesmo Bill. O gol foi uma ducha de água fria nas pretensões de reação do Atlético. Adilson deu nova cara a equipe, está dando padrão de jogo, e acredito muito no trabalho a médio prazo do treinador, mas foi infeliz nas substituições, principalmente ao tirar um dos melhores em campo (Branquinho) para a entrada do desnorteado Jenison.

O segundo tempo foi mais do rival, apesar do Atlético ter criado algumas boas chances de gol, principalmente com Paulo Baier e o infernal Adaílton, todas ficando no quase. No final ainda deu tempo para mais uma falha da zaga atleticana e gol de Leonardo para o time da segunda. Taça na mão dos caras, que sim, tem que ser entregue, seja onde for. A função da diretoria é fazer time para bater o Coxa ou qualquer outro rival, e não querer proibir entrega de taça ganha dentro de campo, com justiça, qualquer que seja a equipe. Vergonha para nós torcedores? Sim! Já passou da hora de vencer – e vencer bem – os coxinhas pelo menos no Caldeirão.

Evandro Rogério Roman deixou de expulsar Donizete em um absurdo carrinho frontal no atacante Adaílton e pipocou em alguns cartões, mas podia ser pior, podia ser o Héber corinthiano e anti-Atlético. Depois de levar um vareio dos coxinhas durante todo o ruralzão, não tenho “cara” de jogar qualquer culpa nas costas da arbitragem.

Não adianta chorar o leite derramado, temos agora uma competição importante pela frente, que é a Copa do Brasil, e essa diretoria que já se mostrou extremamente incompetente que trate de acertar a mão, pois daqui um mês temos também o início do Brasileirão. Lamento os atos de marginais que se dizem torcedores e novamente depredaram patrimônio público, particular, e feriram inocentes. Viva a rivalidade sadia! Fica aqui o meu cumprimento a bons amigos coxas, Judeu, Luiz, Cássio, Leandro Requena (o famoso pau mandado). No Brasileirão tem mais e vamos mandar vocês de volta para a segundona!


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