Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Amor maior

19/04/2011


Não me recordo de um grande time campeão que não fosse unido. Elenco fechado, focado, respeitando-se mutuamente, irmanado no mesmo objetivo: a conquista do título! Obviamente que união não basta para fazer um time vencedor, mas, sem dúvida, é um dos fatores.

O Atlético de Adilson Batista parece estar unido. É cedo ainda para fazer qualquer análise mais apurada da mudança de comportamento dos atletas ou do desempenho do time dentro de campo, mas a postura que o elenco teve na última partida, contra o Paranavaí, foi a de um grupo vencedor.

Após a bobagem infantil com a qual Bruno Costa nos brindou na tarde de sábado e o início imediato das vaias vindas da arquibancada, temi que a minha coluna dessa semana fosse escrita com o Campeonato Paranaense já decidido. Impressionou-me a maneira com a qual o time recebeu as manifestações (negativas) da torcida e saiu para o jogo, decidido a "salvar a pele" do zagueirão Bruno Costa. Renan Rocha, que na minha opinião não teve culpa alguma no lance, pareceu não se abater nenhum pouco com o ocorrido, tendo permanecido seguro até o final da partida. O próprio Bruno teve personalidade para enfrentar as vaias e coube a Adaílton, mais uma vez, decidir a partida. Que estrela tem esse rapaz!

Agora, o mais interessante de tudo isso foi a forma como os jogadores comemoram os gols! Todos juntos! É bem esse o espírito: união! Não chegaremos a lugar nenhum se continuarmos com esse pandemônio de críticas e brigas políticas. Principalmente porque elas não ficam restritas apenas à Administração do Clube, mas respingam por todos os lados. Não concordo, não entendo e não há explicação digna para diversas atitudes tomadas pelo presidente Malucelli. Da mesma forma são inconcebíveis algumas das contratações realizadas pelo nosso departamento de futebol. Ainda assim, não é possível que continuemos a levar o nosso rancor, a nossa indignação, as nossas diferenças políticas para a arquibancada. Ao menos até o apito final, devemos nos concentrar naquilo que realmente importa: o futebol.

E o campeonato que realmente importa agora é a Copa do Brasil. O Paranaense e a coxarada são assuntos para quinta-feira. Depois da chegada de Renê Simões, os baianos venceram (e por goleada) e devem vir motivados. A jogo não será fácil e será preciso união e sintonia de time e torcida para chegarmos a próxima fase. Amanhã temos que lotar a Baixada e empurrar a gurizada para a conquista desse título inédito e do direito de voltar a disputar uma Libertadores!

Vá para a Baixada! Pelo seu amor incondicional ao Clube Atlético Paranaense. Nunca fui, nunca irei e muito mais que isso, nunca deixarei de fazer a minha parte por conta de determinado presidente. Nós não vivemos o Atlético porque o presidente é fulano e nem viramos às costas para o time porque o presidente é beltrano. Nós somos atleticanos e honramos a camisa rubro-negra, aquela que só vestimos por amor! Não estaremos compactuando com A ou B se lotarmos a Baixada e empurrarmos o time. Da mesma forma, não estaremos fazendo um bem maior ao clube se ficarmos em casa, "de greve", deixando no estádio nossa cadeira vazia. Nós, atleticanos, somos muito maiores do que qualquer cidadão que esteja presidente do Furacão. Nós não queremos nada em troca, não ganhamos jabá, não ficamos mais ricos ou mais pobres com a vinda da Copa para Curitiba. Nós só queremos ver o Atlético forte, vencendo e disputando títulos! Nós, atleticanos, só queremos o Atlético de volta!


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