Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Desculpas

18/04/2011


O que restou ao Atlético, direção, torcida e jogadores é arrumar desculpas. O Atlético não fez este ano nada de muito diferente do que insiste em fazer desde 2006, investindo pouco, planejando nada e rezando muito para que esta fórmula, já fadada ao fracasso, venha a render algum fruto positivo. O que torna este ano de 2011 um tanto diferente é ver o que nosso rival tem apresentado em campo.

Excetuando uma ou outra partida, a média coxa foi espantosa, goleadas, time jogando solto e fazendo o resultado como e quando quis. Mesmo contra a gente! Sou partidário de que por enquanto atropelaram quem já estava caído (incluindo o Atlético) e que não tiveram problemas pelo simples fato de não terem enfrentado nenhum adversário minimamente gabaritado até o momento. Mas eles não tem culpa disso.

E enquanto isso nós arrumamos desculpas. Dizer que o estadual não vale nada é mentir para si próprio, pois se não vale nada, por que o disputamos? Se não vale nada, por que queremos vencer, por que tiramos uma com a cara dos adversários, por que entramos em campo? Sendo duro, se não disputarmos pra vencer o Paranaense, que outro torneio vamos tentar levantar o caneco? Aliás, se nem em nosso terreiro cantamos de galo, quiçá no puleiro alheio...

O único troféu que nos resta, já que ser vice num torneio de somente dois times é ser como se fora o último, é o de honra. E única honra que nos resta é vencer o Atletiba. Pouco? Muito pouco, eu mesmo achava que o Atlético já tinha superado esta fase em que vencer o maior rival era ´”título do ano”, vide eles terem dado a vida para nos vencerem de uns tempos pra cá, enquanto o Atlético estranhamente joga com um ar meio blasé o maior clássico e único jogo decente do Estado e no final das contas o time io-io cair de novo, chorar em frente às câmeras ou quebrar seu próprio estádio. Mas infelizmente uma política burra do barato que sai caro, de uma insistência no erro, de um desleixo com o departamento de futebol, do completo abandono daquilo que de mais importante um clube iminentemente de futebol tem que é justamente o futebol, nos coloca frente a esta triste situação.

Nos restou o Atletiba e desejar que a comemoração do título deles somente no outro domingo seja tão estranha como foi a nossa em 2009 após perder o clássico e vencer coincidentemente o Cianorte. Pouco? Sim, mas é o que nos resta.

COPA DO BRASIL

Na Copa do Brasil não se planeja. Na Copa do Brasil a zebra anda solta. O mais democrático torneio brasileiro oportuniza que um rebaixado Grêmio Prudente ou um desconhecido Horizonte do Ceará estejam em fase que o poderoso Galo Mineiro não chegou e jogando de igual diante do time de um Ronaldinho Gaúcho ou mesmo de Rivaldo.

Na Copa do Brasil vai-se indo, curtindo cada jogo, decidindo cada jogo como verdadeira decisão. E com esse espírito que os comandados de Adilson Batista devem seguir em frente e se a zebra anda solta vamos admitir, se chegarmos entre os melhores este ano estamos fazendo parte da família deste eqüídeo bicolor.

ARREMATE

“ Melhor você se entregar, melhor você desistir/
O seu lugar é aqui"
. Mulher ideal - ALCIONE


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