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Michele Toardik
Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.
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Em meio a tanta violência, notícias trágicas e debates acalorados, é impossível falar sobre qualquer assunto sem ser levado pela onda de sentimentos que vem acompanhando essa maré. Estamos feridos, sentidos, amargurados, mas sedentos de paz!
Não dá pra viver o tempo todo em pé de guerra, além de ser extremamente prejudicial conviver com o medo e incluir a desconfiança na nossa rotina. E no futebol não é diferente: se o Furacão vai mal, vira o caos.
E o clima realmente tava pesado, tivemos um início de ano pra apagar da memória e quando imaginávamos que pior do que estava não ficaria... ficava!
Jogo após jogo, sufoco atrás de sufoco, e lá seguia o nosso Atlético tropeçando, sofrendo pra vencer times semi-profissionais (até porque os 83% de aproveitamento só saltavam aos olhos da mídia anti-CAP), fiascos dentro e fora de campo e o pânico sendo instalado gradualmente.
Mas depois de tantas cabeçadas, o início tortuoso com o Sergio Soares, a vinda e a dispensa de perebas, o retorno incompreensível do Geninho (e a saída meio traumática), pela primeira vez em 2011 eu posso dizer que consegui recuperar a auto-estima, meu brio atleticano.
E a culpa disso é do Adilson Batista! Simplesmente porque agora temos à frente do nosso esquadrão rubro-negro o comandante dos nossos sonhos, um cara que além de ser um profissional gabaritado, tem uma identidade absurda com o nosso Furacão.
Pode até ser que eu esteja errada e que o negócio degringole de uma vez, mas juro que não é essa a sensação que tenho. Não podemos considerar como uma mera coincidência o fato de que a nossa melhor campanha dos últimos anos foi conseguida a partir da contratação de um técnico competente. Pois é, novamente temos um excelente técnico!
Além disso, é preciso ressaltar que o Comandante não está sozinho, visto que o elenco atleticano conta com jogadores com os quais sequer sonhávamos nos últimos tempos. Qualidade é o que não falta, só é preciso desempenhá-la.
Mas para conseguirmos armar um time altamente competitivo, precisamos desarmar outros “setores”...
Neste momento é indispensável: blindar a nossa equipe, fazer uso de uma munição chamada respeito, reaprender a lutar contra os nossos verdadeiros adversários e, o mais importante de tudo, que mais uma vez a torcida atleticana esteja na linha de frente de todos os duelos campais que virão.
Temos que abrir mão da vaidade e deixar as cornetas de lado. Vamos hastear a bandeira rubro-negra e bradar o nosso canto de vitória. Daqui pra frente armado e perigoso, somente o nosso Furacão!
Furacão x Bahia
Após longos anos sem enfrentar o Bahia, que por sinal havia se entrincheirado nas categorias menos elitistas do Brasileirão, é chegada a hora do reencontro.
A expectativa é de um jogo duro, uma batalha, mas o mínimo que eu espero ver é um Furacão forte e muito aguerrido. Precisamos abandonar a fama de levanta-defunto e aproveitar esse momento turbulento do “Tricolor de Aço”.
Trazendo um resultado que nos dê tranquilidade para o próximo confronto, será só alegria, o nosso passaporte para tempos de estabilidade.
Afinal, o maior prêmio de uma guerra é o que ela permite fazer com a paz que vem depois...
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