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Rodrigo Abud
Rodrigo Abud, 45 anos, é jornalista. Já correu dos quero-queros na Baixada, justamente quando fez um lindo gol do meio de campo. Tarado por esportes, principalmente o bretão, é também alucinado por rádio esportiva.
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Ídolos distantes
08/04/2011
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Quando criança, quando jogava bola no abandonado gramado da Baixada eu me imaginava como um dos jogadores do Atlético. Corria pelo gramado sonhando em fazer um gol como os anotados por Washington, dar um lindo passe como os executados por Carlinhos ou fazer defesas como as realizadas por Marola.
Queria a todo custo ser qualquer um dos três jogadores que citei. Ídolos distantes de tempos distantes, em que o torcedor rubro-negro se apegava a qualquer atleta que mostrasse vontade e uma boa técnica.
Hoje os jovens torcedores brincam e sonham ser Alex Mineiro, Claiton, Geninho, Lucas e Kléberson, profissionais com uma linda história no clube, mas que pelo momento que o time atravessa e pela falta de habilidade na condução do departamento de futebol, tiveram sua imagem rasurada no clube.
Muito se cobra da direção a responsabilidade pelo fracasso desses atletas na sua última ou atual passagem pelo clube, mas é importante destacar que a maior parte da responsabilidade é dos próprios atletas, que mesmo em condições que não são as ideais, mas tiveram a oportunidade de manter intacta sua história no clube.
Alex Mineiro estará eternamente em minhas orações, porém não podemos deixar de dizer que sua passagem além de fraca tecnicamente, teve ainda um ingrediente externo que corroborou para que o fim da sua carreira no Atlético não fosse como o esperado.
O valente Claiton sofreu com lesões e com a alta rotatividade no banco de reservas. Detentor de um polpudo salário, pouco fez para justificar o seu retorno.
Geninho saiu bravo (com razão) com a diretoria mas, temos que concordar que, durante sua passagem no comando técnico o furacão não apresentou nenhuma melhora técnica e muito menos um padrão de jogo para a equipe.
Lucas, Kléberson e agora Adilson Batista tem a chance de fazer com que a fanática torcida rubro-negra deixe de pensar que os ídolos que voltam ao clube o fazem para arranhar a sua história.
Trata-se de uma ótima oportunidade de continuarem no imaginário dos pequenos e grandes torcedores, que sonharão um dia ser o matador Lucas, o polivalente Kléberson, ou o raçudo Adilson Pezão.
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