Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

A faísca da vez

05/04/2011


Ganhei dois ingressos para assistir ao jogo de domingo lá na Vila Capanema. Não fui. Em casa, com alguns amigos, ficamos ligados na final do Masters 1000 de Miami, vendo Novak Djokovic e Rafael Nadal jogar tudo que sabiam de tênis. A cada intervalinho a gente mudava o canal e dava uma olhada na partida, mas sem muito entusiasmo. Nem sempre foi assim...

Um dia, em outubro de 1993, quando eu tinha pouco mais de 10 anos de idade, meu tio Sérgio me convidou para ir assistir o Atlético jogar contra o Paraná lá na Vila Capanema. Seria a primeira vez que eu veria o Furacão jogar ao vivo. Esse foi um dia sensacional e eu me lembro dele com todos os detalhes. A ansiedade já pela manhã, ouvir todas as recomendações de segurança dos meus avós, escolher a roupa, a bagunça que a torcida fazia no ônibus, a caminhada até a Vila, a hora de comprar os ingressos e o momento sublime de ver o time entrando em campo! Como prêmio, para ser ainda mais marcante, o Atlético goleou por 4 X 0! Inesquecível!

Fiquei relembrando esse dia, como já fiz inúmeras vezes e por alguns instantes, entristeci. Pensei que essa minha empolgação infantil tinha acabado e que hoje o Atlético já não me despertava mais tanta emoção. Quando acabou a final de tênis, o jogo na Vila estava empatado. Os amigos foram embora... Ninguém queria ficar para ver o final da partida. Acontece que, quando o Adaílton meteu aquela bola na rede, garantindo a virada e, por consequência, a vitória, pulei! Saltei do sofá e vibrei com direito a berros na sacada do prédio! O telefone tocou segundos depois e eu só ouvia aquela farra dentro do carro. Era um dos amigos que tinha acabado de sair!

Atleticano é assim: apaixonado! Às vezes a gente dá aquela desanimada com o time, fica desiludido com o futebol, mas a mínima faísca traz à tona o que existe de melhor em nós: o amor incondicional pelo Furacão.

A faísca da vez tem nome, sobrenome e apelido: Adilson Batista, o Pezão! É, antes de qualquer coisa, um atleticano. Tenho certeza que, com tempo e reforços de qualidades, fará um excelente trabalho no Atlético!

Sobre Geninho, a coluna de ontem escrita pelo meu colega Paulão disse tudo que eu penso. O eterno ídolo não deveria ter vindo, mas veio. E por favor, vamos parar de dizer que foi por gratidão e amor à camisa. Isso só existe quando falo de mim e de você, torcedor apaixonado que somos! Geninho veio por conta de um ótimo salário. E irá embora por não ter implementado em campo absolutamente nada de útil. Não vou discutir a maneira como ele foi demitido. Talvez pudesse ter sido bem diferente, mas esperar o que desta diretoria amadora? Nada mais me surpreende. Muito embora a demissão tenha vindo com mágoas e ingratidão, ela veio e é isso que importa. A demissão foi acertada e não é possível que alguém fosse contra, tantas foram as críticas ao trabalho de Geninho e ao que o Atlético tem apresentado em campo em 2011.

Está feito. Vamos agora aguardar que a diretoria faça as contratações adequadas. Segundo o Valmor, até agora não gastamos um tostão para trazer ninguém e, bem por isso, não podemos fazer crítica nenhuma. Nem aos jogadores nem ao departamento de futebol. Parece piada, mas é a forma como o Atlético tem sido administrado.

Acredito que Adilson Batista pode sim dar uma cara nova a este time. E acredito que com reforços de qualidade, poderemos viver novamente os bons tempos de paz e amor com o Furacão!


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