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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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A dois tempos do paraíso
10/12/2004
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Confesso que está muito difícil até de escrever algo que traduza o momento pelo qual estamos passando, às vésperas de um domingo que poderá entrar para a história do Clube Atlético Paranaense.
Embora tenhamos conhecimento das dificuldades que nos aguardam em São Januário, sabemos também que o Atlético vem enfrentando batalhas duríssimas e, ficamos muito mais otimistas por vermos que as respostas estão sendo apresentadas dentro de campo. Acima de qualquer tipo de notícia ou comentário que tente abater o time e a torcida do furacão, teremos no domingo nada mais nada menos do que um jogo de futebol, onde será realmente definido quem será o melhor em 90 minutos.
Prevalecendo a situação normal dos fatos, não temos motivos para temer o Vasco, afinal temos motivos de sobra para mostrar mais uma vez que a superioridade atleticana é infinita. Fatores extracampo servem apenas para assombrar e ameaçar algo que está praticamente certo: o título está muito perto da Baixada. Basta que os jogadores apresentem o futebol que vem sendo apresentado e que vem encantando o país, basta que haja equilíbrio emocional suficiente para sustentar a situação, o mesmo equilíbrio que foi demonstrado no segundo tempo do jogo do último domingo em que o time perdia o jogo e mostrou a serenidade necessária para inverter os fatos em apresentação de gala.
Ao pisar no gramado de São Januário, estou absolutamente convicto de que os jogadores estarão esquecidos de todos os fatores negativos “montados” fora de campo. O nosso Atlético é forte, é ousado, é inteligente e guerreiro, portanto, mantenho a opinião de que voltaremos bicampeões da cidade maravilhosa. Tivemos um jogo teoricamente fácil contra o Grêmio e o improvável aconteceu. Tivemos um jogo duríssimo contra o São Caetano e em apenas 45 minutos conseguimos reverter uma situação em que os jogadores tiveram simplesmente “postura de heróis”.
Portanto meus amigos, quanto mais barulho for feito por parte do “famoso” Eurico Miranda, quanto mais dificultarem os caminhos para o título, quanto mais a imprensa divulgar as “armações” de São Januário, maior será a declaração de apelações por parte do adversário e maior será a nossa vontade de vencer, afinal de contas, atleticano nunca foi portador de um coração de vida fácil. Deverá ser sempre assim, doído até o fim, onde o desfecho terá um gostinho de paraíso.
Dois dias, apenas dois dias nos separam de um dos jogos mais importantes da história do Furacão, apenas dois dias poderão nos separar de uma conquista nobre, justa e perfeita. A ansiedade está crescendo, a tensão, os desejos, a angústia e o grito de bicampeão preso na garganta andam nos tirando o sono e nos deixando inquietos.
Acima de qualquer coisa, vamos ter fé, vamos nos agarrar em uma corrente pra frente, daquelas impossíveis de serem desfeitas. Cada um de nós sabe exatamente o que um momento deste significa dentro de cada coração Rubro-negro.
Em minha última coluna do ano, deixo aqui registrada a grata satisfação em dividir mais um ano com a equipe Furacao.com, pessoas especiais que lutam, sofrem e vibram com o nosso Atlético. Deixo também o meu enorme agradecimento a todos os atleticanos que fizeram deste ano, um ano especial e dividiram comigo mais alegrias do que
tristezas. Aos meus amigos, meus irmãos e a todos os atleticanos do mundo inteiro, um Natal repleto de felicidades e um ano novo de muitas conquistas.
Estamos próximos, bem próximos, muito próximos do título máximo do futebol nacional. Só mais um pouquinho e, acreditem atleticanos, domingo, dia 12 de dezembro de 2004 nós seremos bicampeões do Brasil.
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