Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

A culpa é nossa

22/03/2011


A culpa é nossa, torcedor atleticano! E já que está virando moda entre os rubro-negros jogar a responsabilidade nas costas dos outros, vou escancarar para vocês toda a verdade.

Sabem quem foi que indicou o Alê para o Malucelli, tendo dado boas referências do rapaz e insistido na sua contratação? Aquele pessoal do setor novo, da Brasílio Itiberê. Acreditem, estão tão indignados por tomar chuva e sol na moleira que resolveram descontar em cima do time. E de quem foi a brilhante idéia de improvisar Manoel na direita? Dos meus vizinhos de cadeira, aquela galera que tem fama de pacífica e bem comportada, a turma da curva superior da Madre Maria. Eu bem que imaginei que estavam bolando alguma coisa medonha, pois o povo, ultimamente, andava muito quieto. Agora, essa vocês não vão acreditar: quem é que continua deixando Branquinho esquentando a reserva enquanto coloca Kléberson como alternativa ofensiva? Os almofadinhas da reta superior da Getúlio Vargas! Sim, eles mesmos! Encheram o saco e fizeram o impossível para trazer Branquinho para jogar no Furacão. Agora, por conta de umas partidas fracas do cidadão, decidiram que ele não veste mais a camisa rubro-negra. Bando de picaretas esses almofadinhas... Mas os cruéis mesmo são os atleticanos da reta inferior da Getúlio Vargas. Jesus do céu, eles não precisavam ser tão pilantras. O que eles andam aprontando? Pois vou falar: são eles que bancam a permanência de Ocimar Bolicenho como gerente de futebol do Furacão.

Somos eu e você os culpados pelo arremedo de time que é esse elenco do Atlético!

Não, a carapuça não me serviu. Já escrevi mais de uma vez que não sou o tipo de torcedor que vaia o time ou xinga jogadores. Acontece que não posso me calar diante da transferência covarde de responsabilidade que Geninho e Malucelli fizeram no último final de semana.

Se é verdade que certa postura da torcida não ajuda em nada o time, é incontestável que foi essa mesma torcida quem carregou o time nos braços nas campanhas horrorosas que temos feito nos últimos anos, principalmente no Brasileirão. Fugas desesperadas contra o rebaixamento decididas nas últimas rodadas e a nação atleticana sempre presente, apoiando o time. Sem contar as associações em massa mesmo quando nada ia bem.

Para mim é insuportável ouvir do presidente do meu time, do meu Furacão, que ser atleticano nas vitórias é muito fácil. Quem o ouve falando pensa que temos sido agraciados com chuvas de títulos nos últimos anos. Até parece que meus ombros andam curvados tantas são as faixas de campeão que carrego.

Antes, quando a torcida apenas apoiava Malucelli, falava-se que algo estava estranho, pois por muito menos xingaram até a 5ª geração de Petraglia. Agora que Malucelli virou alvo de protestos, é porque querem a volta do “ditador”. Até quando meu Deus, até quando vamos continuar com esse jogo de poder? Ainda não vi Malucelli analisar de forma crítica o desempenho do seu departamento de futebol, mas não aguento mais ouvi-lo falar das eleições, da sua falta de vontade em servir ao Atlético e do seu mais novo desafeto. A torcida do Atlético não tem nada a ver com as traições e brigas particulares dos ex-aliados. Que resolvam as suas diferenças olho no olho e parem de uma vez por todas de tumultuar o ambiente atleticano.

De resto, lamento a inoperância de Geninho frente ao clube. Não acrescentou nada ao time de Sérgio Soares, muito menos ao time de Leandro Niehues. Não vejo nenhuma evolução na equipe, que continua refém das bolas paradas de Paulo Baier e do espírito matador que tomou conta de Nieto. Se antes não tínhamos nenhuma opção no mercado dos treinadores, agora temos, e das boas. Para começar a dar jeito na casa, é chegada a hora de trazer um grande treinador e com ele montar o elenco para disputar alguma coisa no segundo semestre.




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