Ricardo Campelo

Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma família inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.

 

 

Comparação

14/03/2011


Ainda sem convencer, o Atlético bateu o Iraty e ensaia uma recuperação após o péssimo empate contra o Malutrom, na semana passada. Encerrada a partida do Atlético, o Coritiba entrou em campo contra o Paraná e venceu sem nenhuma dificuldade.

A comparação com o rival é inevitável, até porque eles pintam como favoritos para o título do parananse: já estão na final, têm a melhor campanha e lideram o returno.

A questão é: por que diabos o Atlético encontra tantas dificuldades neste início de ano, enquanto os coxas nadam de braçadas?

Parece-me que o fator decisivo para esta diferença entre as campanhas não está essencialmente na qualidade, mas sim no entrosamento das equipes. Analisando individualmente, o time do Atlético não é tão inferior ao dos coxas.

Ocorre que o Coritiba vem de um ano em que atuou como protagonista, realizando uma campanha excelente e com um time bem entrosado. E o fator determinante: manteve todos seus jogadores para a atual temporada. O atual treinador não teve muito trabalho para manter o mesmo padrão de jogo.

Já o Atlético também teve campanha destacada em 2010, chegando à 5ª colocação no Brasileirão (feito de maior dificuldade do que vencer a Segundona). Todavia, perdeu jogadores importantes na composição do time, que acabou se desestruturando por completo. Além disso, sofreu com as mudanças no comando técnico - para piorar, nenhum dos treinadores mostrou a devida competência.

A reposição dos jogadores que saíram foi muito ruim. O time atual é pior que o que terminou 2010, e além de tudo desentrosado. Portanto, a solução para a deficiência é uma só: contratar reforços de qualidade, o quanto antes. Os erros nas contratações em 2011 já podem ter nos custado o estadual, já que ainda que venham os reforços, o entrosamento ainda demandará tempo. Agindo rápido, podemos salvar o Campeonato Brasileiro. Caso contrário, voltaremos à rotina de fugir do rebaixamento.

3-5-2 capenga

Difícil entender o técnico Geninho. Sob o pretexto de utilizar um esquema similar ao do São Paulo, arma um 3-5-2 capenga sem nenhuma efetividade prática. Sacrifica nosso melhor zagueiro, que acumula a função de ala, deixando nossa zaga fragilizada com o péssimo Gabriel, e sem nenhum ganho ofensivo, já que Manoel não sabe atacar. Do outro lado, temos como ala Paulinho, que também não se destaca pela competência ofensiva. Alguém tem uma pista de por quê este esquema seria o ideal, considerando os jogadores disponíveis?


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