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Juliano Ribas
Juliano Ribas de Oliveira, 51 anos, é publicitário e Sócio Furacão. Foi colunista da Furacao.com entre 2004 e 2007 e depois entre março e junho de 2009.
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Na reunião dos dirigentes dos maiores clubes do Brasil, esta semana, o presidente do conselho deliberativo do Atlético, Mário Celso Petraglia, quase foi às vias de fato com Eurico Miranda, manda-chuva do Vasco da Gama. Os dois por pouco não se engalfinharam ao defender os interesses de seus clubes. Eurico, querendo perpetuar e aumentar os privilégios de clubes considerados "os maiores". Petraglia, lutando para diminuir as diferenças absurdas nas porcentagens da verba destinada aos clubes pela televisão.
Muitos gostariam de estar na posição de Petraglia e ter a oportunidade de desferir uns bons sopapos na bizarra figura de Eurico. Mas, felizmente, nada aconteceu. Agressão fÃsica não resolve. Mas o fato ilustra simbolicamente o momento que o Atlético Paranaense vive em seus 80 anos de história. Com o agigantamento do Rubro-negro, a possibilidade clara de mais um tÃtulo nacional, a condição de modelo a ser seguido em administração e patrimônio e a incrÃvel dilatação do número de torcedores pelo Brasil, os clubes sentados no "trono da tradição" do futebol Brasileiro, perceberam que terão companhia para dividir um bolo que os fartava há décadas. E o Atlético terá que garantir um justo pedaço, nem que seja à tapa (metaforicamente falando, é claro).
O Atlético desferiu mais um tapa na face de um dos clubes que desesperadamente tentam bloquear o caminho do Furacão: o arquivamento do caso Denis Marques. Usando como artifÃcio um "laranja", o Santos pretendia tirar o Atlético do páreo com o golpe baixo. Foi ignorado e ridicularizado pela Justiça Desportiva que, em palavras do próprio presidente do tribunal, "arquivou a baboseira". Não foi um tapa, foi um soco nas pretensões santistas. O laranja virou bagaço.
Daqui para a frente, nos próximos anos, será assim. O Atlético terá que se defender e revidar. Não poderá ser ingênuo, terá que partir agudamente na defesa de seus direitos. É o ônus da grandeza. É o preço a se pagar depois de ter investido, lutado e construÃdo um patrimônio sólido e invejável. Os times que investem com profissionalismo no Brasil, terão no Atlético o seu maior representante. Deve haver união dessas agremiações progressistas para desbancar os "reis da inércia", os "lordes do continuÃsmo", os "barões do atraso". Não há porque existir diferenças tão grandes na distribuição do montante cabÃvel aos times. A única explicação para isso é a intenção de perpetuar o parasitismo. É querer o caminho mais fácil, o caminho dos privilégios, tão comuns no Brasil e que causam o atraso e a pobreza do nosso paÃs.
Jogo contra o Grêmio
Este é o jogo mais importante para o Atlético, pois será o próximo. E, vencer agora, dará uma tranqüilidade muito grande para o compromisso difÃcil em casa contra o São Caetano. Ainda mais se o Santos for derrotado em Belém. Mas não precisamos nos preocupar com eles, só com nós mesmos. Mas é bom não vacilar, o Grêmio está mordido pela necessidade de preservar a honra e a prática da "mala preta" deve mesmo acontecer. Será um jogo muito importante. Que Washington não se contente em ter batido o recorde de gols e o time todo porte-se como um verdadeiro campeão, pois é bem superior ao Grêmio. E ainda teremos muitos atleticanos lá, graças à bonita mobilizacção da torcida, que enche carros, vans e ônibus rumo a Erechim. Temos que vencer. Depois do que aconteceu com Eurico Miranda e Petraglia, tudo pode acontecer na penúltima rodada, contra o Vasco, em São Januário. Retaliações bem ao estilo Eurico e de sua tosca torcida podem acontecer. São Januário é o fundo do poço do futebol brasileiro. Devemos estar atentos.
Washington
Estive em Campinas e tive a oportunidade de presenciar o "gol da vida". Um momento marcante não só para a carreira do Coração Valente, mas também para todos os atleticanos. Foi um momento de grande emoção para o bom número de Rubro-negros presentes no Moisés Lucarelli. Valeu, Chitão!
A Lei de Jadson
Jadson é a lei. Quando ele faz sua mágica, tudo de bom acontece para nós. Com seus passes e lançamentos, é o novo Gérson do futebol brasileiro. Com Jadson em campo, o Atlético leva vantagem em tudo. Certo?
Saudacões rubro-negras a todos que acreditam (agora mais do que nunca) no bi.
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