Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Atletiba, um dia especial

19/02/2011


Véspera de Atletiba sempre parece ser um dia mais demorado. Mais difícil ainda é para quem busca inspiração para escrever uma coluna, fugir dos lugares comuns e das análises que praticamente todo mundo já fez durante a semana. O adversário é favorito em minha opinião, por uma série de fatores que são inerentes ao campo, e por um fator que extra chamado Heber Roberto Lopes, que pelo histórico e teoricamente, praticamente sepulta as pretensões do Atlético na partida. E nós temos que fazer o que fizemos durante a semana, resgatando o histórico de atuação dele nos jogos que ele apitou do Atlético.

Ou ele se inibe e faz uma arbitragem transparente, lúcida, equânime e equilibrada, ou parte para a vingança em especial pelas fotos publicadas onde ele se diverte com os jogadores do adversário. A foto que circulou amplamente nos blogs e sites da torcida atleticana pode não significar absolutamente nada. Eu até creio nisso. Mas em semana de clássico, onde nem a comida dos jogadores é mudada, onde tudo é feito da mesma forma quase como se fosse um ritual, onde até na posição das imagens sacras no vestiário ninguém tasca a mão, uma foto assim vira objeto de especulação e assume um significado gigante.

Portanto, o Atlético é um franco atirador e deve jogar sem maiores responsabilidades nesse jogo, sempre imaginando que é plenamente possível surpreender o rival. Se as nossas limitações estão concentradas na defesa o adversário agrava o problema já que tem muitas virtudes no ataque. E sempre que fazemos uma breve análise dos pontos perdidos, basta recordar das derrotas da primeira rodada, do jogo contra o Operário da partida em Cascavel. A batata poderia estar assando do outro lado e não do nosso.

Por fim, vamos fazer um jogo de paz. Futebol não combina com destruição da frota do transporte coletivo, com ataques e emboscadas em terminais de ônibus e com nenhum tipo de violência dentro e fora do campo. É preciso poder sair de casa com a certeza de retornar em segurança, qualquer que seja o resultado da partida. Cada pessoa que vai ao estádio tem um pai ou mãe, é namorado, marido, prima ou irmão de alguém. Não há sentido algum em agredir alguém pelo fato da pessoa torcer pelo outro clube.

Boa sorte aos nossos jogadores. Cada um deles tem que ter a consciência de que lá, estarão presentes pelo menos três mil atleticanos, apoiando, vibrando e ao lado deles. Coração na ponta da chuteira, raça, disciplina, determinação e acima de tudo, desejo de vencer. Não há bola perdida, não há cabeça baixa, não pode haver nenhum momento de esmorecimento. Raça, raça, raça!


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