Juarez Villela Filho

Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.

 

 

Cartilha do Atletiba

18/02/2011


Em semana de clássico todo mundo quer aparecer e olha eu aqui de novo! E quem surgiu de volta foi Kleberson, nosso pentacampeão ainda com muita bola para mostrar por essas plagas. E com ele podemos recuperar um pouco da alma atleticana em disputar os Atletibas, se não como se fossem finais como eles vem encarando nessa gangorra de séries A e B nos últimos anos, pelo menos não tão frios como temos entrado em campo contra eles de uns tempos pra cá.

Ele e Lucas pertencem a um tempo em que o baile era dado mesmo no Couto. Naquela época, cabe lembrar, Heber Roberto Lopes ainda não era escalado para o maior clássico paranaense e por isso mesmo a coisa era decidida na bola e não no apito. Lucas participou de Atletibas homéricos como naqueles dois finais de semana seguidos no Couto pela Copa Sul, onde metemos 3 x 0 num domingo e 3 x 1 no outro sábado. Ah, o fantástico Alberto ainda dominou uma bola na nuca humilhando o beque coxa em frente aos presuntinhos rosados perplexos com o lance na reta da Mauá. Sensacional!

Coube a Lucas fazer o gol da vitória num clássico disputado no dia de nosso adversário já na nova Arena e Kleberson desde a base ensinava os coxas como se faz e no Atletiba do Couto pela Seletiva tampou o caixão da eliminação deles, somente mais um degrau rumo a conquista daquele título e caminho de nossa 1ª Libertadores.

No elenco atual temos vários virgens de Atletiba ainda e alguns já jogaram contra o atual campeão, mas ainda não sentiram o gostinho da vitória. A eles cabe lembrar que clássico é diferente e se a cabeça deve estar fria e pronta para o desafio, o coração deve estar quente e bombando o sangue que nos faz fortes.

Nada de esfriar jogo, nada de demorar para repor bola, queremos jogo, queremos bola! Nada de trocar camisa com adversário dentro de campo, eu não quero nada deles, quem o queira que o faça depois, longe dos holofotes. É impensável ver meus guerreiros trocando baionetas com os rivais durante o combate e clássico é eminentemente uma batalha.

Que o time tenha a mesma alma da torcida que tem tanta dificuldade em conseguir os poucos ingressos para o jogo, que anda quilômetros para ter a segurança da escolta policial, que se obriga a freqüentar o insalubre e inseguro estádio rival para vestir a camisa do Atlético, que canta e vibra com amor a paixão pelo rubro-negro e só quer sair de lá com o conforto em ver que o time dentro de campo fez tudo possível e que foi tão nobre e guerreiro quanto seus torcedores nas arquibancadas.

A vitória, desse jeito, virá ao natural talvez com Nieto e Madson brilhando.

ARREMATE

“Eu dizia o seu nome, não me abandone jamais” . Meu erro – PARALAMAS DO SUCESSO


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