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Rogério Andrade
Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.
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Salve, gringo!
11/02/2011
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Dá licença aí, mestre Paulo Baier! Sua elegância ao tocar na pelota já encanta a galera. Seu domínio e visão de jogo, maneira de elevar a bola, controle da redonda como se fosse a coisa mais simples do mundo, mesmo abaixo de um temporal, é de lavar a alma do atleticano.
Que chuva, que nada... é Baier, desfilando na Baixada, distribuindo lições, fazendo o povão dar gargalhada, chamando o atleticano para descer ao alambrado e vibrar, com ele, o capitão do Atlético, a bomba disparada no pênalti, com a alegria e a energia de um menino.
Apesar de tudo isso e muito mais, dá licença, maestro! Hoje quero falar do gringo Nieto.
Final do ano passado fui duramente criticado, especialmente pelos malucos atleticanos Juarez, Silvio e Osmar, pessoas do mais alto nível e meus grandes amigos. Lembro como se fosse hoje. Lá em casa, em um bate papo daqueles pra lá de especiais, caí na loucura de elogiar e defender o tal gringo.
- “Esse cara vai nos dar alegria, podem escrever!”
- “Quem, esse caneludo?”
- “Caneludo o quê rapaz... deixem o cara jogar, pegar sequência de jogo...”
- “Rogério, o cara não tem qualidade, é um perna de pau... muito me admira você defender o gringo”
- “Gente, o cara é camisa 9... vão por mim... deixem ele jogar, depois conversamos”
Hoje volto aqui para mais uma vez falar do gringo Federico Nieto.
Se não é um craque de bola, o cara é matador. E se o campo de jogo estivesse seco na noite da última quarta-feira, Nieto faria mais um ou dois gols. Além da força física, faz o pivô como deve ser feito, usando o corpo e distribuindo o jogo, não com um aspecto desajeitado típico dos jogadores mais altos, mas com uma boa qualidade de passe e o giro sempre em direção ao gol adversário. Pelo menos foi o que vi contra o bom, porém violento time do Cianorte.
Não vi mais porque Nieto não teve uma sequência de jogos. Por motivos desconhecidos, foi até afastado do grupo e misteriosamente ficou de fora inclusive do banco em alguns jogos. Ainda mantenho a opinião de que Nieto é matador. Como o futebol é mágico e dinâmico, posso até queimar a língua, como muitos queimam ao defender alguns atletas, mas continuo fazendo a campanha “camisa 9 para o gringo”.
Nieto tem cheiro de gol, e contra o Cianorte, teve participação direta nos 3 gols do Atlético no segundo tempo. Sofreu a falta que deu início ao primeiro gol aos 2 minutos da etapa final, dando inclusive o passe ao Wescley para servir Madson, fez o segundo aos 18 minutos e sofreu pênalti aos 32 minutos. Ao lado de Baier, Nieto foi fundamental na vitória contra o Leão do norte.
Espero que o argentino tenha mais oportunidades para mostrar seu futebol e consiga apresentar uma regularidade, jogo a jogo. Se é de um matador que o Atlético precisa, o gringo é o cara!
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