Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Valorize a sua posição no mercado!

29/01/2011


Não gosto de ser pessimista. Na minha vida privada, nos negócios, com os amigos, nas aventuras e também no esporte procuro sempre ver o lado bom das coisas, achando que o que está ruim vai melhorar. É uma filosofia de vida simples, que se não é genial, pelo menos faz de mim um sujeito feliz.

Por isso, quando falo do Atlético, busca valorizar nossas conquistas, maximizar os acertos e minimizar os erros, sem nunca perder o espírito crítico e o compromisso com a verdade. E a verdade é que luzes de alerta estão acesas na Baixada, em função de um início de temporada especialmente preocupante não apenas em função dos resultados até agora, mas muito em função daquilo que quisemos ver e não vimos. O jogo contra o Operário foi a pá de cal nas expectativas otimistas, pois em um campeonato relativamente curto, onde o tempo para reagir praticamente não existe, com poucas equipes participando, estamos assistindo o primeiro turno ir para o brejo. É triste e nenhum de nós esperava isso, até mesmo pelo fato da equipe ter se comportado tão bem no campeonato brasileiro. Mas o otimismo? Bem, muitas vezes o otimismo acaba sepultado pelos fatos.

Em relação ao treinador, acho que ele não vai durar muito. E nisso que quero estar errado. Mas alguém que esteja lendo esse texto crê que Sérgio Soares sobreviva a um fracasso em um Atletiba? A paciência da torcida está no limite, e essa fronteira não pode ser cruzada. Se perder a pressão será enorme vinda de todos os lados. Pelo perfil conservador da atual diretoria, creio que só assim para que o treinador seja trocado. De outra forma, ele vai prosseguir e para mim, mesmo que vença, não convence (pelo menos até agora). É preciso que ele mostre mais força no comando da equipe, pois a entrevista coletiva em Ponta Grossa, em determinados instantes me pareceu até despretensiosa, como se “nada de novo tivesse acontecido nessa manhã”.

A cada dia que passa os Clubes vem inovando em suas estratégias de marketing. O mercado é dinâmico, as ações inovadoras acontecem todos os dias. Quem não se movimenta por achar que já está no Olimpo, perde espaço, fica para trás por achar que sua posição já está plenamente consolidada. Isso não existe em lugar nenhum do mundo, pois liderança é sinônimo de responsabilidade, inovação e planejamento. Tenho até medo de tocar na palavra “planejamento”, tamanha é a banalização do termo hoje. Todo mundo usa e muito pouca gente pensa, escreve e executa. Olhos e ouvidos bem atentos a essas movimentações rubro-negros! Nossa posição até aqui foi conquistada com esforço, trabalho e bons resultados no campo. Não vamos abrir mão disso, num tempo em que futebol é cada vez mais profissional, na captação de suas receitas, na ampliação do “share” de mercado das equipes e na construção de todo tipo de parcerias que revertem em resultados positivos para o Clube.


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