Michele Toardik

Michele Toardik de Oliveira, 44 anos, é advogada, mãe, sócia ininterrupta há mais de uma década e obsessivamente apaixonada pelo Furacão. Contrariou as imposições geográficas, tornando-se a mais atleticana de todas as "fluminenses". É figurinha carimbada nas rodas de resenha futebolística, tendo como marca registrada a veemência e o otimismo incondicional quando o assunto é o nosso Furacão.

 

 

Choque de realidade

19/01/2011


Atire a primeira pedra o atleticano que não foi pra Baixada com a expectativa de uma bela vitória no domingo!

Pra ser bem sincera, eu não só imaginei que venceríamos, como também farejei uma bela goleada, daquelas de lavar a alma e começar o ano empolgada.

Resultado negativo? Juro que nem passou pela minha cabeça! Nos meus “cálculos” a ausência de Rodolpho não teria sido tão sentida, os nossos problemas ofensivos – como num passe de mágica - não existiriam mais, o Paranaense seria sossegado para o nosso técnico acostumado a campeonatos e times esdrúxulos, e a titularidade simplesmente transformaria o João Carlos no novo Neto.

Como deu pra perceber, apesar de ter muita vontade e pensamento positivo, cálculos e previsões não são o meu forte.

Simplesmente nada do que eu previ se concretizou e logo no 1º tempo fui arrebatada pelo tal do choque de realidade.

O ataque atleticano continua sendo o mesmo que impossibilitou a obtenção de uma vaga na Libertadores. Já a defesa que era a nossa menina dos olhos e que determinou a digna campanha do ano passado, mostrou que já não é mais a mesma. Sem a presença do goleiro da Seleção, deixamos de ter aquela segurança que era o nosso ponto de equilíbrio e a ausência do Rodholfo parece que subtraiu do time o seu vigor.

Até o técnico, que não possui qualquer justificativa e desculpa para não ter cumprido decentemente o seu papel nesse início de temporada, foi o que mais deixou a desejar. Porque é aquela história, os caras estão sem ritmo, longe do ideal físico, mas o Sérgio Soares não tem essa marmota, mandou mal e pronto.

Isso sem falar que a gente até torce pra que uma aposta como essa dê certo, mas não tem como deixar de ressaltar que um técnico tarimbado faz toda a diferença, ainda mais no início dos trabalhos de um ano tão importante e cheio de compromissos.

Quem me conhece e acompanha as minhas colunas sabe que o pessimismo não é um traço da minha personalidade, mas pelo que me foi mostrado no domingo, tive a impressão de que não houve qualquer evolução, pelo contrário, regredimos.

Espero que esse susto inicial sirva de alerta e desencadeie condutas emergenciais por parte da Diretoria, para que dê tempo de arrumar a casa antes das decisões que temos pela frente.

Quanto ao jogo de hoje, prefiro não tecer nenhuma previsão, somente registro a minha torcida para que seja um bom jogo e que o Lucas regresse com o pé direito.

Está mais do que evidente que precisamos de muito mais para alcançarmos as metas que estão há muito traçadas. Ainda precisamos de reforços e de muito comprometimento! Só assim a nossa realidade será vencedora...


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