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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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O que é isso, companheiro?
05/01/2011
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É filho batendo em mãe, é aluno dando de dedo em professor, é gente que aumenta o volume do fone de ouvido e faz de conta que não vê alguém mais velho em pé no ônibus enfim, é gente que não respeita nada. O que acabamos presenciando no cotidiano se repete também no mundinho da bola.
A ameaça do zagueiro Manoel em não se reapresentar como todo o elenco foi o estopim. Se der cabo ao dito, estará o jovem zagueiro agindo como uma criança mimada que quer um novo doce quando mal abriu o que está ainda inteiro em suas mãos.
Engraçado que os jogadores são tão exigentes quanto ao “profissionalismo” que cobram dos clubes, os ameaçando à menor quebra daquilo que fora assinado e acordado em contrato e ao mesmo tempo agem em várias circunstancias de maneira extremamente amadora, justamente ferindo de morte aquilo que eles mesmo assinaram!
Não discuto as qualidades de Manoel e nem mesmo uma delicada questão de se o clube sabe valorizar ou não adequadamente os jovens formados na base. Mas o caso dele e de Neto se equivalem, tanto é que ambos, mesmo com contrato longo e ainda em curso, tiveram um substancial reajuste e foram devidamente “amarrados” para, sendo negociados, também venham a beneficiar financeiramente o clube que lhes deu guarida, estrutura, alimentação e orientação durante todo esse tempo.
E não deixa de ser um risco, já que (diferentemente do que pensou a direção em 2009), não tem como um time inteiro de ex-juniores dar certo da noite pro dia no time principal. Vide a aposta feita no bom menino Raul que infelizmente não vingou no time de cima. Além do mais, exemplos de paciência e ética no tratamento de negociações com o clube foram dados muito recentemente, haja visto Rhodolfo e Chico, formados dentro do mesmo CT que proporcionou a melhora das condições de vida de toda a família de Manoel terem aguardado com inteligência e parcimônia o momento certo de saírem, aferindo lucros ao clube e indo fazer seus merecidos pés de meia.
Já Neto recebeu proposta oficial (e irrecusável) de clube estrangeiro. Não teria como o Atlético cobrir, fazer contraposta ou mesmo ficar com o jogador com ele estando com a cabeça longe de nossa meta. Diferente de ficar plantando notícia na imprensa ou fazendo terrorismo, deve seguir Neto para uma brilhante carreira internacional, ainda que eu ache prematura sua saída para ficar inicialmente no banco de um time médio na Itália, talvez abortando suas chances de Seleção Brasileira.
É ruim? É. É chato? É, mas pelo menos é melhor do que ficar se fazendo de vítima ou jogar o clube contra seu próprio torcedor.
ARREMATE
“ A vida é o interminável ensaio de uma peça que nunca se realizará.” - Hipólito, o escritor fracassado de “ O fabuloso destino de Amelie Poulain.
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