Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 56 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

O ano que vem já começou!

04/12/2010


Fim de feira na Baixada. O anúncio de oito jogadores que estão indo embora é a mais clara marca de que o ano já acabou. O jogo contra o Avaí serve apenas para definir em qual posição nós vamos ficar. É sempre bom ficar nas primeiras colocações e devemos jogar para fechar o campeonato com uma boa vitória. Pode ser com um gol as quarenta e oito do segundo tempo como foi aquele em Floripa.

No balanço de perdas e danos, eu sou daqueles que tem muito mais a comemorar do que a lamentar no final desse ano. No meio desse campeonato, acreditei que nós iríamos para a segundona, muito em função da qualidade do futebol que o time apresentava. Nada parecia que ia dar certo e o quadro era drástico.

Mas fizemos um segundo turno excelente, que só não foi ainda melhor pela mudança de técnico, quando fomos trocados pelo São Paulo e pelas deficiências ofensivas, que insistem em nos perseguir. Veio um novo treinador que segue conosco, que se esforçou para classificar o time para a Libertadores. Não conseguiu e os demais que brigam pela vaga, terão de esperar até quarta-feira, para saber se a vaga fica no Brasileirão ou vai para o Goiás de Rafael Moura. Grêmio e Botafogo podem passar pela alegria da vitória, mas também pela frustração de não de classificar. Para o Furacão tanto faz um ou outro. Não temos motivos para jogar peso em ninguém.

Mas no próximo ano passaremos por mudanças grandes. As obras na Baixada devem começar, teremos que jogar em outro campo que acomode nossos sócios e que tenha um mínimo de qualidade. Estamos mal acostumados e só percebemos isso de maneira mais profunda quando vamos a outros estádios. A maior parte deles oferece muito pouco ao torcedor, que não tem lá muitas referências para fazer cobranças. A maior parte nunca entrou em um estádio de padrão internacional e não sabe como é ser bem tratado. Deveremos passar um difícil período de volta ao passado, para depois mergulhar no futuro que a “nova” Arena nos reservará.

Precisamos urgentemente de títulos. E precisamos de uma equipe competitiva, que se não tiver grandes astros, pelo menos demonstre espírito competitivo, vontade de vencer e honrar as tradições da nossa camisa. O campeonato paranaense é o primeiro desafio e depois estaremos em outras competições, um delas internacional.

Mas nada me tirará a certeza do meu coração ter escolhido o time certo. Se os títulos não vieram, estaremos na Baixada nos próximos anos, sempre apoiando o Atlético, passando o amor pela camisa rubro-negra de pai para filha (o). O amor pelo Atlético deve ser manifestado sempre, como faz o Dr. Falavinha com o “pin” do Clube no peito, ou minha amiga Monique, que vai as lágrimas quando lembra como se tornou atleticana. É isso.


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