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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Não há como negar a decepção em perder as chances de Libertadores numa partida contra o Ceará. Quanto mais num jogo em que o Atlético teve um jogador a mais durante todo o segundo tempo. Pior: só escapamos da derrota em razão de uma milagrosa defesa do sensacional goleiro Neto.
A falha geral da zaga no gol de empate cearense foi sintomático para um time sem criatividade, claramente dependente de Paulo Baier. Contar com Branquinho é apostar no acaso, já que nem sempre o jogador decide se esforçar pelo time. E quando as apostas do treinador são em Netinho e Claiton, é porque o desespero assumiu o comando.
Ainda assim, não é o caso de fazer terra arrasada. Vencendo o Avaà na última rodada, o Atlético alcançará a quinta colocação, finalizando o campeonato com a sua quarta melhor campanha na história.
No âmbito do planejamento para o ano que vem, há bem mais coisas positivas do que negativas a serem consideradas. Depois de quatro anos de disputa contra o rebaixamento, o Atlético voltou a brigar no topo da tabela. Não fosse o inÃcio de campeonato tortuoso, dificilmente deixarÃamos escapar essa vaga para a Libertadores.
O Atlético de 2010 fez os investimentos permitidos pelas suas limitações em comparação com os outros clubes brasileiros. Trouxe Branquinho, Guerrón, Wagner Diniz, e outros jogadores que já tinham se destacado no futebol, ou seja, que não eram meras apostas. Foi prejudicado pelo abandono pelo treinador no meio do campeonato, mas não podia fazer loucuras para segurá-lo ou contratar outro medalhão e comprometer seu orçamento.
Os resultados poderiam ter sido melhores. Mas quando olhamos para 2011, vemos um horizonte melhor do que era o dos últimos anos. E estaremos juntos para fazer o Atlético crescer cada vez mais.
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