Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Um Senhor meia

15/11/2010


Tinha tudo para ser uma partida tranquila, muitos falavam em golear o adversário e fazer saldo. Na teoria era tudo muito fácil, na prática foi um verdadeiro drama. Rebaixado, o Prudente correu como nunca, provavelmente impulsionado pela famosa mala branca, e dificultou – e muito – a tarefa dos rubro-negros.

O Atlético até criava chances de gol, mas a péssima fase de Bruno Mineiro continua e estava difícil balançar as redes. Aos 20 minutos do primeiro tempo Branquinho, que rendeu muito menos do que estamos acostumados, sofreu pênalti e Baier converteu. Um a zero, a esperança de um jogo fácil aumentava, e cresceu ainda mais quando aos 25 minutos o time de aluguel teve um jogador expulso.

Para a decepção dos mais de 18 mil atleticanos presentes o Grêmio Prudente empatou o jogo ainda no primeiro tempo, que não teve mais emoções, a não ser pela contusão do arbitro, que pela demora em se recuperar no vestiário foi ironicamente chamado de “cagão” pela torcida.

Sérgio Soares, que com a vitória de ontem superou o aproveitamento de Carpegiani e selou sua permanência para 2011, mexeu na equipe buscando maior ofensividade, mas apesar das chances criadas o rendimento ainda ficou aquém do esperado. As únicas chances saiam dos pés do excelente Guerrón, seguramente o melhor em campo.

Ainda que Soares gritasse para que Diniz fosse mais acionado, os jogadores insistiam em Márcio Azevedo, totalmente fora de ritmo, que acabou substituído por Heracles. Azevedo vem de longo período de recuperação e o time sentiu muito a falta de Paulinho, que não é um gênio no ataque, mas oferece maior proteção pelo setor esquerdo da defesa.

González mais correu do que jogou futebol, mas no apagar das luzes cruzou uma bola com perfeição, na gíria futebolística “colocou com as mãos”, e o maestro Baier, que acabara de perder um gol incrível, cabeceou pro fundo das redes. O gol da vitória, o gol que colocou o Furacão no G4, o gol que pode classificar o Atlético para a Libertadores.

Ao senhor meia Paulo Baier, o artilheiro dos pontos corridos, o maestro, o capitão, líder, atleticano, o meu obrigado. Guerrón foi o melhor em campo, mas a coroa vai para o meu xará, comemorando em grande estilo a já encaminhada renovação para 2011. Que venha o Grêmio, que venha a América!


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