Jean Claude Lima

Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".

 

 

Protagonista

13/11/2010


Uma das principais atrações que brilha na Arena é sem dúvida a fanática torcida do Atlético. Já faz algum tempo que o espetáculo não se restringe ao torcedor “organizado”, que participa dessa ou daquela facção, mas de toda torcida que empurra o time de forma sistemática, em direção as vitórias e assumindo para si certo protagonismo durante os jogos da equipe.

É esse papel de protagonista que o Clube não pode e nem deve abrir mão aqui no Estado do Paraná. Muito pouco ou quase nada resta do Atlético do passado em termos administrativos. De um clube falido e sem alternativas de captação financeira e recuperação econômica, e mesmo se ainda não somos um Cube rico, passamos a ter abertas inúmeras possibilidades de nos tornamos fortes financeiramente.

É natural que a vizinhança deseje retomar essa liderança conquistada a duras penas aqui no Estado. Ninguém vai passar a vida toda observando o Atlético se tornar cada vez mais forte. E nesse aspecto a disputa não se dá só no campo de jogo, mas também na construção de alicerces sólidos, sem a presença de aventureiros ou curiosos, que pouco sabem como funciona o dia a dia de uma equipe de futebol. Esses são os chamados “profissionais”. Nesse campo a minha única ressalva é que por mais técnicos que sejam, essas pessoas devem construir vínculos com o Atlético.

Ao voltarmos a disputar vagas em torneio internacionais, voltamos para o lugar de onde não deveríamos pensar em ter saído e o protagonismo tende a se tornar mais forte. O coração da torcida bate mais feliz, cada atleticano sabe que seus recursos pagos no plano do sócio-torcedor estão sendo bem aplicados e o processo é alimentado de maneira cíclica. Cria-se um círculo virtuoso, onde o torcedor não é um espectador passivo. Ele é aquele protagonista do nosso começo de conversa, que incorpora os lances da disputa na sua própria carne e vai reproduzindo em seu corpo, na vibração do seu coração, cada um dos lances da partida, como se ele mesmo estivesse em campo na Arena.

No domingo à noite depois da partida, vamos poder ter a exata dimensão do que vai significar o confronto contra o Grêmio em Porto Alegre. Vencendo o Grêmio Prudente na Arena, vamos jogar com sabedoria no Rio Grande, pelo resultado, pois o Grêmio apenas empatou com o Santos e Jonas não vai jogar.

Vamos vencer para talharmos o nosso destino em vermelho e preto, jogando para cumprir o nosso destino de sermos cada vez maiores.



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