Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Teu escudo, minha honra, meu amor...

12/11/2010


Nascer... viver! Mais que torcer... atleticano até morrer!

Hoje fiz questão de iniciar com o trecho da canção que embala a torcida na Baixada, justamente pra dizer que nunca, em momento algum, meu desejo foi torcer contra um ideal, contra uma diretoria, contra uma instituição. Estava difícil de acreditar, após longos três ou quatro anos, que algo diferente poderia acontecer no futebol do Atlético. Quando a gente leva muita porrada, acaba perdendo um pouco o tesão de apoiar, de cobrar, de insistir. O tal “murro em ponta de faca” enche o saco.

O torcedor atleticano em geral já estava cansado de ficar tanto tempo sem qualquer tipo de emoção. Estava difícil mesmo de acreditar que ainda este ano alguma coisa poderia mudar, já que deixamos novamente de lado o campeonato regional (obrigação de conquistar) e a Copa do Brasil, especialmente. Testes, experiências, vitrines de jogadores, tudo isso, uma hora, cansa. É ruim e dolorido ver com os próprios olhos o futebol do Atlético ser deixado de lado.

Por isso critiquei tanto, por isso cobrei tanto, por isso exigi tanto da nossa diretoria uma postura diferente, algo realmente que fosse direcionado ao nosso futebol, com o único objetivo de voltarmos a ter nossa força, nossa esperança e nossa energia renovada. Após tantas apostas, a chegada de Carpegiani mudou o panorama no clube. Parecia que finalmente um líder estava presente no CT. Os resultados vieram e quando a engrenagem parecia estar a ponto de bala, Carpegiani deu no pé. Teve seus motivos e isso já não nos importa mais, mas que deixou por aqui muitas lições, com certeza deixou!

A partir da saída de Carpegiani, senti que tudo ficaria, de novo, complicado. Sérgio Soares chegou com a desconfiança de grande parte dos atleticanos e aos poucos, apesar do pouco tempo restante, começou a dar a sua cara do Atlético. Cheguei a duvidar do trabalho de Soares, mas quando ele lançou o Atlético para o campo de ataque, tornando a equipe ofensiva, especialmente contra o São Paulo e Flamengo fora de casa, mudei o meu conceito e passe a conhecer mais o treinador. E comecei a acreditar mais no Atlético.

Hoje a realidade é outra. Independente do que aconteça daqui pra frente, o Furacão já merece o nosso reconhecimento e a nossa valorização. É complicado dar a volta por cima, mas o planejamento do Atlético, enfim, está começando a aparecer.

Domingo vamos empurrar o Furacão pra cima do Grêmio Prudente. Além do incentivo, é hora também do reconhecimento. Que este novo Atlético, com a cara de Sérgio Soares, entre no embalo das canções da torcida e tenha o objetivo de vencer, sempre!

Eu voltei a acreditar em você, meu querido Furacão!


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