Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Não tá morto quem peleia

08/11/2010


O Atlético está vivo na luta pela Libertadores. Vários torcedores já haviam jogado a toalha, muitos não acreditavam em Sérgio Soares, diziam que com a saída de Carpegiani a equipe não renderia mais. Quando Soares perdeu meio time titular então, a dificuldade aumentou, o time caiu de produção e a torcida desanimou. Mas seguindo o que diz a expressão gaúcha “não tá morto quem peleia”, o Furacão não se abalou e foi à luta, brigou, suou, e na base da raça venceu o Porco na Baixada e o Flamengo no Rio.

Até quem estava sem moral com a torcida resolveu se redimir, caso de Marcelo, que entrou para dar a assistência na vitória contra o Palmeiras, e principalmente de Nieto, que completou o cruzamento de Marcelo na gaveta, assinalando o seu primeiro gol com a camisa atleticana, ganhando a titularidade para a partida contra o Urubu, quando novamente não decepcionou. O argentino, que dava pinta de ser um Pedro Oldoni gringo, fez um excelente primeiro tempo em Volta Redonda, atuando como pivô e de quebra sofrendo o pênalti que originou o gol do maestro Baier.

Ainda desfalcada de jogadores referência, como Rhodolfo e Branquinho, a equipe de Sérgio Soares fez um ótimo primeiro tempo. Uma ou outra falha de marcação, Deivid, Gonzalez e Guerrón abaixo da média, Olberdam entrou perdido e Bruno Mineiro displicente, mas um time criativo, que levava perigo no ataque e tinha consistência no meio de campo e nas laterais, principalmente com Paulinho, que fez mais uma partida excepcional e Vitor, que foi bem na marcação e eventualmente saiu pro jogo. Rafael Santos substituiu Rhodolfo à altura, com uma atuação muito segura ao lado de Manoel, e o que passou pela zaga não passou pelo goleiro da Seleção Brasileira, a muralha Neto, que salvou a lavoura rubro-negra.

Impossível não fazer coro com a coluna de hoje do Ricardo Campelo: se com times muito mais fracos conseguimos séries de vitórias na reta final dos últimos Brasileiros, levando em conta que o objetivo era bem diferente (permanecer na primeira divisão), com essa equipe que é claro que tem suas deficiências, mas é infinitamente superior a de anos anteriores, não podemos conseguir uma boa série de vitórias na reta final? É claro que podemos! Se nos mobilizamos, lotamos o estádio, cantamos, vibramos, gritamos, para impedir o rebaixamento do Atlético, não podemos fazer isso para levar nosso clube para a Libertadores? É claro que podemos! Devemos!

Carpegiani deixou o Atlético com 57% de aproveitamento, Soares tem 53% e eu acredito que esse índice vai subir consideravelmente nesta reta final. Netinho, Marcelo e cia não te agradam? A mim também não, mas se entrarem em campo com o manto sagrado precisam do nosso apoio. Não será um apoio pessoal, será um incentivo ao Atlético, ao nosso objetivo. Para as últimas rodadas o técnico deverá ter várias opções para montar o time, como Branquinho, Chico, Maikon Leite, Elder Granja e Rhodolfo, reforços na hora certa. “Não tá morto quem peleia”, vamos lutar junto com nossos guerreiros até o fim!


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