Paulo Perussolo

Paulo Roberto Perussolo, 36 anos, é estudante de Direito. Seguindo a tradição da família, acompanha o Furacão desde a infância, tornando-se cada vez mais fanático. Considera o Atlético mais do que um clube de futebol, um dos grandes amores de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2010 e 2011.

 

 

Colcha de retalhos

01/11/2010


Neto, Deivid (Marcelo, 76’), Manoel, Rafael Santos e Paulinho; Chico, Vitor, Claiton (Edgar, 64’) e Netinho, Guerrón (Nieto, 78’) e Bruno Mineiro. Eis a escalação do Atlético na última partida, contra os bambis, retirada aqui mesmo da Furacão.com. Uma base desmantelada nas mãos de Sérgio Soares, muito criticado por alguns.

Comparando com a equipe-base, formada por Neto, Granja, Rhodolfo, Manoel, Paulinho, Chico, Vitor, Branquinho, Baier, Guerrón e Bruno Mineiro (Maikon Leite), foram quatro ou cinco desfalques, vai da análise de cada um a titularidade ou não de Maikon, mas de todo modo foi praticamente meio time de ausências, uma enormidade.

Volto a bater na tecla da falta de elenco, já admitida até mesmo pelo gerente de futebol, Ocimar Bolicenho, que disse que foram cometidos erros e uma vez fechado o período de inscrições só poderiam ser sanados para o próximo ano. Não temos um elenco qualificado, temos um bom time titular, que brigaria com absoluta certeza pela vaga na Libertadores, mas as peças de reposição inexistem ou são péssimas.

Jogamos com quatro volantes, um deles improvisado na lateral direita e outro que não jogava há mais de um ano e não tem a menor condição física, se arrasta em campo só para fazer número. É uma piada de mau gosto ver Netinho, um atleta que nunca provou nada no clube e todos sabem – a torcida, o clube e o próprio jogador – que não permanecerá para a próxima temporada. O resultado? Vimos em campo... A equipe foi uma verdadeira colcha de retalhos.

O ataque titular já é frágil, Bruno Mineiro começou bem no clube, mas vem em uma decrescente incrível, enquanto isso Guerrón dá passes açucarados para o zé ninguém dentro da área empurrar pras redes e até arrisca alguns arremates, fez mais um (belo) gol com a camisa rubro-negra. Tivéssemos um bom camisa nove, o equatoriano estaria consagrado pelas assistências e faria daquele artilheiro da equipe. O que dizer do ataque reserva então? Marcelo que vive na noite e não tem a menor responsabilidade, apesar do talento, Nieto, que infelizmente dispensa comentários.

Ficou mais difícil a Libertadores. Não impossível, lutaremos de “igual pra igual” com bambis, Grêmio, Botafogo e Palmeiras, e a torcida obviamente fará sua parte, como sempre. Quinta-feira vamos ganhar do Porco no grito, o Caldeirão vai ferver!


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