Rogério Andrade

Rogério Andrade, 52 anos, é administrador. Atleticano de "berço", considera a inauguração da Arena da Baixada como o momento mais marcante do Atlético, ao ver um sonho acalentado por tantos anos tornar-se realidade.

 

 

Realidade

29/10/2010


Nossa realidade é uma só. Não temos time para ser campeão, mas diante de alguns bons resultados e da liderança que Carpegiani exerceu sobre o grupo, nos tirando o pesadelo do rebaixamento, começamos a almejar um pouco mais. Libertadores, quem sabe. O sonho ainda existe, mas não com o time que atuou contra o São Paulo.

Para que as esperanças continuem vivas, e na minha opinião ainda estão, é preciso que joguem Rhodolfo, Branquinho, Paulo Baier e um dos laterias direitos de ofício. Outra realidade que nos incomoda é que não temos um matador, um cara que resolva as coisas na frente e coloque a bola na rede. Por isso dependemos da ofensividade de Guerrón, das bolas paradas de Baier e da inspiração de Branquinho. Se continuarmos dependendo de Bruno Mineiro e Nieto, não chegaremos a lugar algum.

A realidade é que com Netinho, não dá mais. Cansou. Expirou. Se realmente quisermos fortalecer nosso futebol e continuar com fortes pretensões para 2011, Netinho não é o nome mais indicado para o nosso meio campo. É um jogador razoável, esforçado, mas pouco, repito, para as nossas pretensões. Como disse meu amigo Osmar, Netinho a partir de agora joga para si, não mais para o clube. Pensa em seu futuro, não mais no Atlético.

Outra realidade é que o prazo para a diretoria de futebol escalar jogadores já passou. Não é o momento. Se Mithyuê e Marcelo precisam ser “forçados” a entrar em campo, que nossa direção pense um pouco no torcedor, o maior patrimônio do clube. A torcida do Atlético não merece isso.

E o nosso treinador não pode, em hipótese alguma, se esconder atrás da nossa realidade. É no mínimo desrespeitoso deixar o torcedor no vácuo ao não comentar sobre a performance da equipe dentro de campo e acusar a arbitragem do jogo contra o São Paulo, alegando interferência direta no resultado. Isso não existiu, isso não aconteceu! Dizer que o Atlético merecia um resultado melhor, tudo bem, mas dizer que perdemos por culpa do juiz, dessa vez não.

Enfim, nossa realidade é que continuamos dependendo de Baier, que temos uma excelente dupla de zaga com Rhodolfo e Manoel, que ganhamos muito quando Branquinho está num bom dia e que Guerrón só joga um tempo. Além disso, nossa maior realidade é que temos um grande goleiro e Neto dispensa comentários.

Com essa realidade, continuemos lutando pela libertadores e só continuaremos alimentando a esperança com uma vitória contra o Palmeiras, na próxima rodada.

Independente disso, que comece a se pensar no planejamento de 2011. E precisamos começar por um bom treinador. Essa é a nossa realidade.

“Somos quem podemos ser...
Sonhos que podemos ter...”


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