Ana Flávia Weidman

Ana Flávia Ribeiro Weidman, 41 anos, é servidora pública federal e já veio ao mundo comemorando uma vitória rubro-negra. É perdidamente apaixonada pelo Furacão e fica com os olhos marejados toda vez que vê o time entrando em campo e ouve os primeiros acordes do hino atleticano!

 

 

Além da arbitragem

26/10/2010


Melhor público da Arena em 2010. Mosaico. Briga por uma vaga na Libertadores de 2011. 4 gols. Tinha tudo para ser um grande jogo. Mas ao final da partida o assunto de maior destaque foi ela: a arbitragem. Fui dormir pensando que por muito pouco nós não estávamos na 4ª colocação da tabela. Mais desolada ainda fiquei quando lembrei dos pontos perdidos em casa contra o Vasco. Se tivéssemos vencido os cariocas Vasco e Fluminense estaríamos brigando pelo título. Esse maldito “se”...

Bom, a arbitragem foi mesmo péssima mas não podemos esquecer do complicado lance no gol de Vagner Diniz, bem validado pelo bandeira. Ainda, não tenho dúvidas do pênalti praticado pelo nosso gringo, um tanto juvenil, em Tartá. O toque em Guerrón, esse sim, foi pênalti e o juizão não viu porque não quis. Agora, cá entre nós, Guerrón poderia ter batido de primeira ao invés de tentar entrar com bola e tudo...

Sou da opinião de que a vitória escapou das mãos atleticanas não só porque o sr. Wilson Luiz Seneme estava mal intencionado, mas porque pecamos, mais uma vez, na parte ofensiva. Não vencemos porque Bruno Mineiro e Branquinho levantaram com o pé esquerdo no domingo. Não podemos nos iludir com a briga por uma das vagas para a Libertadores e achar que temos um timaço. Pelo contrário, temos um time mediano. Consistente no setor defensivo, organizado dentro de campo e reticente no ataque. Em alguns momentos da partida a nossa fraqueza ofensiva ficava escancarada, como nos poucos contra-ataques que tivemos. Uma hora a bola é lançada nas costas do atacante, outra hora o volante dá um pique e depois toca para trás e em outra oportunidade o nosso atacante resolve fazer um gol de placa ao invés de chutar de primeira...

Não podemos creditar apenas na conta da arbitragem o nosso insucesso. Afinal, não era o juizão que tinha que ter brigado pela segunda bola rebatida na entrada da área e impedido o jogador adversário de enfiar um canudo, livre de marcação para empatar o jogo enquanto ainda comemorávamos o primeiro gol. Longe de achar que devemos nos conformar com os repetidos assaltos sofridos dentro da nossa casa, penso que devemos analisar o jogo friamente, exaltando os nossos pontos fortes e não fechando os olhos para as nossas falhas.

Temos ainda 7 jogos pela frente e continuo acreditando que podemos conquistar uma das vagas para o torneio continental. A tabela está embolada, nossos concorrentes diretos ainda jogam entre si e ninguém vai ter moleza até o dia 05 de dezembro, quando termina o Brasileirão. Até lá, se quisermos jogar a Libertadores de 2011 teremos que suar sangue e passar por cima das dificuldades, entre elas, a nossa inoperância ofensiva e a arbitragem.


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