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Juarez Villela Filho
Juarez Lorena Villela Filho, 46 anos, é advogado, funcionário público estadual, dirigente de rugby e arruma tempo para acompanhar jogos do Atlético, isso desde 1987. Conhece 49 estádios Brasil afora onde foi ver de perto o Furacão. Sócio desde os tempos do Atlético Total em 1998 e na nova modalidade Sócio Furacão desde 2007.
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SITUAÇÃO 1
Algumas críticas aos recentes resultados do Atlético me parecem um pouco ácidas demais. Temos feito campanha muito boa e para quem não conhece futebol até parece que costumeiramente estamos entre os cinco ou seis melhores todo ano. Problemas temos como qualquer time e vendo que nosso time titular é de mediano para bom, mas que tivemos consideráveis desfalques nos últimos jogos não vejo como uma catástrofe os últimos resultados.
Lógico que empatar em casa com o fraco Vasco e sem ter feito uma boa partida e ver ainda Nieto fazer o que fez é dose, mas não creio que tenhamos achado ruim empatar com o forte Cruzeiro fora, bem como perder para o Santos na Vila não é nenhuma aberração, ainda que estivessem bem desfalcados.
Vislumbro um Atlético se organizando para 2011, aí sim ao que parece desde o começo do ano e espero, fazendo a reformulação da maneira correta: permanecendo com os bons e liberando as tiriças e não mais insistindo para ver se milagrosamente eles voltam das férias com qualidade.
Algumas críticas por sinal surgem justamente daqueles que estavam ao lado da direção passada, a que quase nos jogou na latrina da série B por três anos seguidos. Engraçado virem reclamar que o time está em 7º quando os elencos formados por quem defendem estava 10 posições abaixo disso a essa hora dos acontecimentos em um passado bem recente.
SITUAÇÃO 2
Qualquer cabeça de bagre que faça gols ganha dinheiro. Alguns dos maiores artilheiros da história não foram grandes jogadores, mas tinham consigo a arte de fazer gols. Há casos clássicos como Dadá Maravilha, Jardel, Túlio Maravilha e por aqui Washington e mesmo o contestado Finazzi foram jogadores que não tinham medo algum de jogar feio, mas foram artilheiros natos.
O gol é o fundamento do futebol, é por ele que se corre tanto, que se treina tanto, que fazem mudar treinadores, que faz a torcida se enlouquecer nas arquibancadas. É de gol que precisamos.
Padece o Atlético de um camisa 9 nato, aquele que põe pra dentro da rede do jeito que dá, sem medo, sem vacilo e sem vergonha de dar de bico ou da maneira que vier. Bruno Mineiro estava numa fase desgraçada, mas já mostrou que sabe do riscado e tem inclusive uma função tática importante abrindo espaços para os atacantes de velocidade e os meias que chegam pro arremate, diferente do argentino que parado e errando os gols que erra em nada tem nos ajudado.
Não acho que Bruno Mineiro seja a solução de nossos problemas, mas já provou ter mais bola para ser nosso avante titular, ainda que tenha que melhorar a pontaria para ajudar o clube que se ressente de um atacante que faça os gols que nos levam as vitórias que não vem a três rodadas.
SITUAÇÃO 3
Parabéns ao Coritiba pelo seu aniversário ontem. Se Superman não é nada sem Lex Luthor, se Batman não seria o mesmo sem o Pinguim ou o Coringa não teria como imaginar um clube de futebol sem um rival a quem ter a gana de vencer. Engraçado que um pessoal mais novo não os considera rivais seduzido pela supremacia que temos pelos resultados da última década e meia.
Só quem teve que agüentar aquela estrelinha na camisa deles, quem viveu no Pinheirão e emprestando o Couto para os grandes jogos, só quem viu como ganhavam nos bastidores e sendo (como até hoje) encobertos pela imprensa sabe como foi difícil e como é bom ganhar deles em qualquer jogo que seja.
Ao Coritiba e seus torcedores meus respeitos, continuem como “Reis da B”, seu legítimo e já quase cativo lugar.
ARREMATE
“Os bosques são lindos, escuros e profundos/
E eu tenho promessas a cumprir e quilômetros a fazer antes de dormir.” poema dito pelo dublê Mickey em “ A Prova de Morte” de QUENTIN TARANTINO.
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