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Ricardo Campelo
Ricardo de Oliveira Campelo, 45 anos, é advogado e atleticano desde o parto. Tem uma famÃlia inteira apaixonada pelo Atlético. Considera o dia 23/12/2001 o mais feliz de sua vida. Foi colunista da Furacao.com entre 2001 e 2011.
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Crise no ataque
11/10/2010
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O sonho de alcançar o G-3 parece ter ficado para trás. A derrota para o Santos deixou o Atlético muito afastado do bloco dos primeiros colocados (Cruzeiro, Fluminense e Corinthians), que realmente têm apresentado um futebol diferenciado.
Já o Atlético vem tendo atuações que, se não chegaram a ser sofrÃveis, também não são o bastante para colocar o time entre os melhores do paÃs. O quadro se agravou com a saÃda do treinador Paulo César Carpegiani e os desfalques que tivemos nas últimas duas partidas.
Parece claro que a maior deficiência está no ataque. É notável a falta de um camisa 9 à altura do restante do grupo. Bruno Mineiro vem em péssima fase e Nieto não mostrou as mÃnimas condições de jogar no Atlético. Uma pena que o Ãdolo Alex Mineiro não quis aprovietar a chance de encerrar sua carreira com dignidade, pois seria titular deste time com tranquilidade.
Maikon Leite também caiu de produção de forma nÃtida. Cada vez mais individualista, abdica de tocar a bola ou mesmo tentar um cruzamento, para sempre insistir em partir para o drible. Ivan González também carece do fundamento da coletividade, tentando decidir tudo sozinho. Para piorar, adota o estilo "cai-cai", simulando faltas com frequência excessiva.
Escalar Maikon e Gonzáles juntos, contra o Vasco, foi o grande equÃvoco de Sérgio Soares até o momento. O time ficou com muita "ciscação" e zero de objetividade.
Por outro lado, o setor defensivo vem sendo um ponto forte, pela primeira vez depois de um longo perÃodo de dificuldades. Rhodolfo vem repetindo atuações excepcionais, e, ao lado de Manoel, vem dando ao time boa segurança defensiva sem a necessidade de escalar três zagueiros. Ademais, as atuações do goleiro Neto dispensam comentários e João Carlos vem substituindo-o à altura.
Sonho
A nosso sentir, o atleticano deve concentrar sua torcida para a próxima reunião da Conmebol, no próximo dia 18, quando a entidade pode corrigir seu posicionamento ilegal e "devolver" ao Brasil a quarta vaga para a Libertadores. Se assim for, ainda dá para sonhar.
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