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Jean Claude Lima
Jean Claude Lima, 57 anos, é publicitário e jornalista, sócio-proprietário da W3OL Comunicação Ltda. Compreende o fato de ser atleticano como uma complementação da sua própria existência e professa essa fé por todos os lugares do mundo onde já esteve ou estará. É pai de uma menininha, Mariana, que antes mesmo de nascer, já esteve no gramado da Arena, e agora de um menino, Rodolfo, batizado com uma camisa onde se lia "nasci atleticano".
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Uma coluna em dois tempos
09/10/2010
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Como posso acessar o sistema do Furacao.com durante todo o sábado, publicarei minha coluna dividida em dois tempos distintos*. No primeiro abordo algumas questões levantadas em minhas colunas anteriores e a expectativa para a partida.
Depois no segundo tempo, com o resultado do jogo consumado, trataremos de perspectivas. Nesse primeiro tempo os meus parabéns ao amigo Cyro Viegas, que está de aniversário e é um dos mais apaixonados atleticanos que eu conheço.
* Explicando a piada: ela foi para nossos jogadores técnicos e comentaristas que sempre usam essa frase nas suas entrevistas coletivas e análises dos jogos.
Primeiro tempo
Faz alguns dias, escrevi uma coluna onde dei parabéns à Ultras pelo seu aniversário. Eu desconhecia que horas antes, eles e os Fanáticos tinham mais uma vez entrado em conflito, dessa vez em solo sagrado no espaço da Baixada, em um tradicional bar atleticano. Para mim não importa de quem foi a culpa. O que importa é que isso tem que parar, pois os jovens que lá estão são filhos (as) de alguém, irmãos de alguém, namorados (as) e/ou maridos de alguém, pais de alguém e atleticanos. Não dá para achar isso normal e aceitar um ambiente hostil em nossas fileiras.
Também há mais tempo e ainda um pouco depois da chegada do treinador que já foi, em uma coluna marcada pelo medo do rebaixamento, eu escrevi que do jeito que estávamos era segunda divisão na certa. Mas o cara arrumou a casa e mesmo com suas esquisitices, voltamos a figurar nas primeiras posições. Quando eu me preparava para elogiar o técnico, eis que ele vai embora, justamente para o São Paulo e ainda brevemente, vai dirigir os caras contra nós. Na verdade os tempos são mesmo outros e nós ainda não vimos tudo. A cada dia teremos novas surpresas já que o mundo do futebol é rico em articulações, movimentações, negócios e mudanças repentinas.
E aí já temos um novo treinador, que ao término da primeira partida na Arena, e aí quero crer que não foi por conta dele mas sim pelo resultado do jogo, já ouviu a sua primeira grande vaia. Empatamos com o Vasco, em um jogo que se houvesse a vitória, a partida de hoje contra o Santos seria uma final. Ok, não vencemos. Mas o jogo tem uma importância grande, pois está acesa a chama da Libertadores. Paulo Baier é o cara que deve organizar esse time, e sua liderança em campo é incontestável. Mas na partida contra o Vasco, Branquinho fez muita falta. Torço para que o novo treinador jogue para vencer, pois essa é uma partida boa para dar ao Santos uma surpresa daquelas. No segundo tempo vamos debater o que aconteceu.
Segundo tempo, nove horas da noite e já de cabeça fria
Começamos bem o jogo contra o Santos e mesmo com uma pressão inicial dos caras, parecia ser um daqueles dias em que teríamos mais sorte. Mas a coisa não foi assim. Perdemos numa partida em que as chances que tivemos, esbarram na mais absoluta falta de qualidade do nosso camisa nove, que é simplesmente um Pedro Oldoni piorado. Ficam algumas perguntas no ar... Quem arruma esses caras para vir jogar aqui? Com a qualidade do futebol da Argentina, só tinha esse cara por lá?
Evidente que a responsabilidade não foi só dele. É do grupo e do novo treinador, pois quando perde um, perde todo mundo. Nosso novo técnico em seus dois jogos, já fez levantar a lebre de que podemos estar vivendo uma volta ao nosso passado recente. Se ele não ganhar o próximo jogo contra o Goiás, pode estar desperdiçando a nossa chance de pelo menos sonhar com a Libertadores da América.
A nota positiva foi o retorno de Branquinho, que dá criatividade e velocidade ao nosso meio campo, além de experimentar chutes de fora da área, muito perigosos para os goleiros adversários. Por fim, o “Predador” voltou a vestir em campo o manto sagrado do Furacão. Claiton passou nos últimos tempos por todas as dificuldades que assombram uma atleta profissional e voltar aos gramados, para ele deve ser uma vitória. Boa sorte, "Predador".
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